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Estrelas da Periferia

Rock questionador, inspiração e baixista premiada: conheça a Lamarquez 

Grupo tenta fazer a diferença investindo em um rock mais pesado, e letras de autoconhecimento

17/07/2018 - 07h00min

Atualizada em: 17/07/2018 - 12h00min


José Augusto Barros
José Augusto Barros
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Desde 2014 na estrada, a banda Lamarquez aposta no ecletismo musical de seus integrantes e na presença de uma baixista no grupo, para fazer a diferença no concorrido cenário roqueiro no Rio Grande do Sul. Com integrantes de Viamão e dos bairros Camaquã e Hípica, em Porto Alegre, nasceu com a proposta de fugir do lugar comum. 

Júlio Cordeiro / Agencia RBS

— São canções que misturam autoconhecimento, poesias e histórias do cotidiano, focadas em assuntos como o amor, as dificuldades que a vida nos apresenta e a coragem de seguir em frente — define a baixista Agatha Marques, que emenda:

— Cada um de nós tem referências musicais que se completam. Nossa proposta é transmitir inspiração, motivação e entretenimento para o nosso público e questionar o porquê de nos sentirmos deslocados e fora do contexto em muitas situações do dia a dia.

Inspirada em grupos que são referência do rock mais pesado no mundo, como AC/DC e Metallica, a Lamarquez também se diferencia ao ter uma mulher no baixo, o que não é muito comum no rock gaúcho, na atualidade.

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Empoderamento

Em 2016, em Canoas, Agatha chegou a ganhar um concurso como melhor baixista. Com discurso forte e bem posicionado, ela se inspira em talentos mundiais da música, como Janis Joplin (1943 - 1970). E lamenta que ainda exista preconceito contra a ala feminina  no cenário artístico. Mas afirma que "tem visto um aumento da participação das mulheres na música." 

— Com exceção de uma banda que tive, formada só por mulheres, nas demais, eu era a única. Sempre levei na boa, até pelo fato de já ter tocado em outro grupo com o meu irmão (Douglas Marques, que atua na guitarra e canta na Lamarquez) — analisa.

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Mas, no dia a dia, as dificuldades ainda são notórias para ela:

— Às vezes, rolam comentários idiotas, do tipo "para uma mulher, até que tu toca bem". Ainda assim, no geral, é bem legal, pois tenho sempre um retorno bacana pelo fato de ser mulher, tocar baixo e representar bem a nossa categoria. 

A galera está de cabeça mais aberta para a participação delas no gênero. Depois de lançar um EP de maneira mais artesanal, em 2016, no qual gravaram somente bateria e voz em estúdio, e o restante, de maneira artesanal, a Lamarquez conseguiu lançar o seu primeiro disco completo, O Inimigo Invencível, neste ano, com 10 faixas.

O trabalho pode ser comprado ou acessado nas plataformas digitais. No álbum, estão canções que tratam dos temas citados pela artista, como em Sangue Quente e Tão Bem. 

O lançamento acontecerá no dia 21 de novembro, na Sala Álvaro Moreira, no Teatro Renascença: 

— Queremos abrir o mercado roqueiro do Interior para a banda . 

Beto Brum (guitarra) e Lucas Farias (bateria) completam o grupo.  

— Para falar com a banda, ligue para 99159-3782 .

— Se quiser participar da seção, mande um pequeno histórico da sua banda, dupla ou do seu trabalho solo, músicas e vídeos e um telefone de contato para jose.barros@diariogaucho.com.br.


Pitaco:

Claus, da dupla com Vanessa, ouviu o som desta turma e fala que curtiu a proposta da Lamarquez.

— Muito legal o trabalho da banda! É um rock bem maduro, um som pra frente. Eles têm maturidade nas letras, representam muito bem o rock gaúcho. Gostei da dinâmica instrumental da Lamarquez, tem guitarras bem colocadas. É possível notar, assistindo aos clipes, que eles sabem o que estão fazendo — aprova.  




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