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Dia dos Pais

No palco da vida, cinco músicos gaúchos dão um show à parte como papais

No domingo (12) de Dia dos Pais, nomes como MC Jean Paul e Claus mostram sua melhor versão

11/08/2018 - 12h00min

Atualizada em: 12/08/2018 - 08h51min


José Augusto Barros
José Augusto Barros
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Shows madrugada adentro, horas a fio na estrada, ensaios, entrevistas, fotos, gravações. Com a rotina maluca que toma conta de boa parte da vida dos músicos, é de se imaginar que eles tenham de se virar nos 30 para cuidar dos filhos e curtir suas famílias. No Diário Gaúcho em clima de Dia dos Pais, comemorado neste domingo (12), revelamos o lado paizão de cinco nomes conhecidos dos palcos gaúchos. Eles mandam bem no papel! 

O bem mais precioso 

Robinson Estrásulas / Agencia RBS
Em casa, só festa!

— O Kazuki é a coisa mais importante que tenho na vida.

Assim, o funkeiro MC Jean Paul, 37 anos, define sua relação com o filho, Kazuki, seis anos. Nas redes sociais, as fotos de Jean Paul com o pequeno, fruto do relacionamento com a ex-mulher, a jornalista Milena Demaman, apaixonam fãs e quem o segue nas redes. Mas, por trás das fotos, tem uma agenda intensa do músico, que faz mais de 20 shows por mês, e se desdobra como pai. 

— Ouço muitos comentários do tipo "parabéns pelo pai que você é. Com a agenda tão cheia, ainda consegue dar um tempo para o seu filho". E eu respondo: "Na verdade, primeiro, eu tomo conta dele. No tempo que me sobra, trabalho, sou filho, o empresário. Mas, primeiro, vem ele" — enfatiza o músico.

Budismo de pai para filho

Jean lembra que sua rotina de músico, com shows noturnos, tem suas vantagens na convivência com Kazuki. Afinal, os horários do funkeiro permitem que ele esteja com Kazuki durante o dia. E, quando estão juntos, é bagunça na certa.

Robinson Estrásulas / Agencia RBS
Na hora sagrada

— A gente brinca muito, bagunça a casa, faz sujeira de montão, joga futebol dentro de casa, pisa no barro, toma chuva, mas guerra de bixiguinha. A vovó (Fátima, mãe de Jean) fica louca com a gente — revela Jean. 

Adepto da religião budista, Jean Paul direciona o pequeno para o mesmo caminho. Todos os dias, pai e filho, lado a lado, fazem orações em uma espécie de oratório, montado na casa que Jean mora, no Bairro Medianeira, na Capital, onde Kazuki mora durante a semana -aos finais de semana, mora com a mãe, pois ele e Milena têm guarda compartilhada de Kazuki. 

— Fazemos isso de manhã e á noite, pedindo pela felicidade de todas as pessoas. Tem uma mensagem do Daisaku Ikeda (filósofo, escritor, fotógrafo, poeta e líder budista japonês), que gosto muito, que diz: "levar felicidade e tranquilidade à esposa e aos filhos ensinando-lhes o profundo caminho da vida é a missão de um grande pai" — finaliza o cantor.   

Paixão que virou até música

Pensa num paizão, daqueles que "baba" pela filha, que já esteve com ele nos palcos e foi homenageada em um dos maiores sucessos da banda do pai. Este é Humberto Gessinger, 54 anos, pai de Clara, 26. Nos anos 90, quando Clara ainda era recém-nascida, o paizão famoso colocou em verso e estrofe todo seu amor e cuidado pela filha, na canção Parabólica, um dos grandes hits dos Engenheiros do Hawaii, que integrava o disco Gessinger, Licks & Maltz, lançado em 1992. Doze anos depois, ela participou da gravação do Acústico MTV, soltando a voz na faixa Pose. 

Arquivo Pessoal / Arquivo Pessoal
Grêmio, uma da paixões que une pai e filha

— A canção se impôs, não foi algo que eu procurasse. Era inevitável que algo tão importante na minha vida quisesse se expressar por música — conta o músico, atualmente em carreira solo, em entrevista por e-mail.

Coração longe

Neste Dia dos Pais (12), porém, o coração de Gessinger estará bem longe de Porto Alegre, mais precisamente, em Estocolmo, capital da Suécia. É para lá que a gaúcha, formada em Arquitetura, foi fazer uma especialização na área, há três anos. 

— Lá, Clara começou a trabalhar num escritório bacana e foi ficando. Por enquanto, não tem planos de voltar — revela Gessinger, que não esconde a corujice pela filha em postagens em suas redes sociais e que divide com a filha, é claro, sua conhecida paixão pelo Grêmio.  

Recentemente, o músico teve a chance de matar a saudade da filha, quando viajou com a mulher, Adriane, 54, para Estocolmo. Por lá, ficaram um mês e Humberto lembrou, durante a viagem, da sorte de ter um lar harmonioso e sem rigidez nas relações: 

— Às vezes, Adriane era pai e eu, mãe. Pensei nisto recentemente quando passamos um mês juntos na Suécia e parecia que eu e Adriane éramos filhos da Clara! Ela estava no comando. Um ciclo se completando.

No estilo sincerão, ele fala da distância.

— Nem preciso falar da saudade, né? Vamos ficar com o lado bom: ver ela construindo uma história bonita me deixa muito feliz. Vai ser o terceiro (Dia dos Pais longe). Conversar com ela, frequentemente, pelo Facetime e saber que ela está feliz fazem com que a saudade fique em segundo plano.

Do café da manhã à escova na princesa

Arquivo Pessoal / Arquivo Pessoal
Sorrisão diz tudo

Passando a terceira temporada em Orlando, nos Estados Unidos, Claus, 40 anos, casado com Vanessa, 39, movimenta as redes sociais, e os stories do Instagram, principalmente, com sua rotina de paizão, com a pequena Olívia, quatro aninhos. Para quem segue o casal na rede social, é possível conferir um pouco do dia a dia de pai. Seguidamente, ele posta stories com a figuraça no café da manhã.

— O dia começa cedo para preparar ela pra escola. E, nossa hora do café, normalmente, já começa com muita música — revela o músico. que retorna ao Brasil com a família em novembro, para uma turnê de dois meses no Rio Grande do Sul. 

O dia a dia com a filha, ele define, é pura diversão. 

— Tudo ainda é muito novo! Juntos, eu e a Liley (apelido de Olívia) descobrimos muitas coisas! Mas, no papel de pai, tento sempre passar o máximo de segurança para ela, e sinto que isso a deixa mais confiante na hora de encarar a escola, por exemplo — comenta Claus, em entrevista por e-mail, para completar:

— É um passo muito importante para ela, a adaptação com a língua, com a professora, com colegas. É um ambiente bem diferente. 

De dar inveja 

Entre as tarefas do paizão, uma das que ele mais curte é secar o cabelo da pequena. E afirma que não se importa "nem um pouco de abraçar tudo o que puder":

— Faço uma escova de deixar muito cabeleireiro com inveja (risos). Faço com muito prazer.

E este Dia dos Pais (12) será especial para Claus, pois, além da filha e da mulher, ele terá a presença de seus pais, Luiz Carlos e Rosa.

— Vai rolar um "churras" clássico. Mas estou muito curioso para saber o que as duas estão tramando para mim neste domingo — afirma o músico. 

Se vira em mil 

Arquivo Pessoal / Arquivo Pessoal
Com Maria Laura: desde cedo, o gosto pelos cavalos

Aos 50 anos, Joca Martins, pai de Anna Júlia, 21, Luiza, 14 — do primeiro casamento do músico — e Maria Laura, cinco, fruto da relação com a atual mulher de Joca, Juliana, 38, tenta se desdobrar em mim para estar presente com o seu trio ternura. Afinal de contas, não é fácil conciliar uma intensa agenda de 10 shows por mês, pelo Rio Grande do Sul, com a presença em casa.

Ainda mais, levando-se em conta que as mais velhas moram em Pelotas, enquanto Joca, Juliana e Maria Laura residem em Faxinal do Soturno, na Região Central, distante cerca de 323 quilômetros de Pelotas. 

— Acabo convivendo mais com a Maria Laura, claro. Mas tento, dentro de tudo que posso, estar com as mais velhas. Quando estou em Pelotas, saio bastante com elas. Inclusive, como minha banda é toda de Pelotas, tento marcar reuniões e ensaios, para passar o máximo de tempo possível com elas — explica o músico, da estrada, via WhatsApp.

Para matar a saudade das mais velhas, Joca recorre a ligações de vídeo.

— A tecnologia ajuda a manter o elo. E, sempre que estou com elas, gosto muito de ouvir minhas filhas, sou um pai que ouve bastante.  Gosto que elas me contem tudo e me mostrem um mundo com a visão delas — explica. 

Arquivo Pessoal / Arquivo Pessoal
Com Anna (E), Luiza e a caçulinha no colo

Paixão passada adiante

Um dos expoentes da música nativista, Joca mostra, há anos, em suas canções, a paixão pelos cavalos. Em 2004, lançou o álbum Cavalo Crioulo, que ganhou disco de ouro. Em 2018, batizou seu DVD de 30 anos de estrada de Se Houver Cavalo Crioulo.

Portanto, nada mais natural compartilhar esta paixão com Maria Laura. 

— É um momento pai e filha, a gente vai se conectando a essas coisas, ao cavalo, conhecendo as encilhas, o galpão, porque o cavalo liga a gente a uma série de coisas. Acho legal passar esses valores aos filhos, é isso que eu faço. Por meio do cavalo, a gente vai se ligando a coisas importantes, como a simplicidade, a humildade, o respeito, ao animal, ao próximo — afirma o músico, que completa:

— Quando saímos cavalgando, vamos observando a natureza e falando de muitos assuntos. 

A grande parceira 

Apresentador do Compartilhe RS, da RBS TV, ao lado de Isabel Ferrari e de SeguidorF., o rapper Marck B, 48 anos, comemorará o Dia dos Pais (12) com a sua grande parceira, como ele define Jamila, 17 anos, sua filha do primeiro casamento.

Arquivo Pessoal / Arquivo Pessoal
Só orgulho

— É minha parceira, minha confidente, sabe coisas de mim que ninguém saberia. Ela me puxa orelha, dá conselho. Tudo isso, no auge de sua sabedoria de menina de 17 anos. E me ensina muitas coisas, partindo do ponto de vista feminino — elogia o pai babão. 

Na beca


Na hora de dividir seu tempo, Marck diz que Jamila é prioridade total: 

— Aprendi com a moldar agendas e apresentações com os horários dela, que, enquanto adolescente, também tem muitos compromissos.

Marck ressalta que mantém uma relação próxima com a filha, de total confiança, o que acha fundamental entre pai e filho. A jovem é tão importante na vida do rapper e apresentador que o fez vestir terno pela primeira vez.

Foi no aniversário de 15 anos de Jamila, há dois anos.

— Já imaginou um rapper vestindo terno? Só ela que conseguiu essa façanha (risos) — afirma Marck. 

Arquivo Pessoal / Arquivo Pessoal
Que beca!

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