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Antes e depois de "Vale Tudo"

Beatriz Segall além de Odete Roitman: relembre outros papéis da atriz

Com uma carreira de mais de 70 anos dedicada à TV e ao teatro, atriz carioca fez mais de 20 novelas e 10 filmes

06/09/2018 - 08h14min


Julio Boll
Arquivo / CEDOC Globo

Reconhecida nacionalmente por seu papel em Vale Tudo, novela de 1988, na qual interpretou a vilã Odete Roitman, a atriz carioca Beatriz Segall, morta nesta quarta-feira (5), teve uma carreira de 70 anos dedicada à TV, ao teatro e ao cinema.

Com mais de 20 novelas e 10 filmes em seu currículo, Segall teve a sua estreia na televisão na extinta TV Tupi, em 1950, em uma novela. Antes de estrear na Rede Globo, em Dancin'Days, a atriz atuou em longas-metragens, como Cléo e Daniel (1970), de Roberto Freire, e À Flor da Pele (1976) e O Cortiço (1978), de Francisco Ramalho .

Reprodução / Rede Globo
Beatriz Segall, ao lado de Antonio Fagundes, na novela "Dancin'Days"

Vilãs desde o início

Em Dancin'Days, de 1978, Beatriz Segall agradou o público e a crítica por sua atuação como Celina, a vilã herdeira de uma família de diplomatas e que interferia com exagero na vida de seu filho Cacá (interpretado por Antonio Fagundes). Seu papel se destacou tanto que a atriz foi chamada para fazer uma outra anti-heroína em Pai Herói, no ano seguinte, vivendo a maléfica Noah.

Em 1980, Gilberto Braga decidiu repetir o trabalho ao lado de Beatriz em Dancin'Days ao chamá-la para novela Água Viva, dando-lhe o papel da vilã grã-fina Lourdes Mesquita. Nos dois anos seguintes, passou por duas telenovelas da Bandeirantes e se destacou por sua atuação no longa-metragem Pixote - A Lei do Mais Fraco, de Hector Babenco.

Outros desafios e o sucesso de Vale Tudo

Em 1982, ela retorna à Rede Globo em Sol de Verão com o papel de Laura, uma mulher pobre e simples, mãe da protagonista Rachel (Irene Ravache), que decidiu se separar do marido para dar um rumo à sua vida. Em seguida, atuou em Carmen, escrita por Gloria Perez, na TV Manchete, dando mais um tempo para seus projetos na Globo.

Contudo, a novela seguinte seria qual a colocaria em destaque na história da teledramaturgia brasileira. Em 1988, Beatriz retornou à maior emissora da TV aberta do país para estrelar a vilã Odete Roitman em Vale Tudo. Suas frases são relembradas até os dias de hoje, somando milhares de citações nas redes sociais.

Na virada para a década de 1990, trouxe vida à uma espiã nazista dentro da minissérie A,E,I,O... Urca, de Doc Comparato e Antonio Calmon. No mesmo período, fez o papel de Penélope Brown em Barriga de Aluguel, como uma médica de um hospital que realiza experimentos com bebês de proveta.

Entre 1992 e 2000, destacam-se ainda Sonho Meu, Anjo Mau e participações em programas como Você Decide e Sãos e Salvos. Em Sonho Meu, Segall vivia a matriarca da família dos Candeias de Sá, sendo uma mulher meiga, bonita e generosa, mas autoritária. Ao saber da paixão dos seus netos pela protagonista Claudia (Patricia Lins), a personagem da atriz colocou ordem na trama.

Reprodução / TV Globo

Anos 2000

O personagem Penélope Brown, em Barriga de Aluguel, foi recuperado por Glória Perez em O Clone, em 2001, como uma participação especial na primeira fase da novela estrelada por Giovanna Antonelli e Murilo Benício. Outras aparições marcantes foram em episódios de Esperança, em 2002, e Prova de Amor, em 2006.

Após uma passagem pela Record, em Bicho do Mato, a atriz deu vida à Madame Besançon na premiada novela Lado a Lado, de 2012, vivendo uma senhora francesa que ensinava bons modos à sua empregada Isabel (Camila Pitanga). Em 2015, fechou o seu ciclo de atuações na emissora com uma participação em Os Experientes, seriado que falava sobre a velhice.


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