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Dona de si

"Lembro a menina que era e sei como é importante me sentir representada", diz IZA

Em entrevista exclusiva, cantora, que se apresentará em Porto Alegre no Z Festival, fala sobre seu álbum de estreia e o seu programa de TV no Multishow

19/09/2018 - 07h37min


William Mansque
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André Feltes / Agência Preview
IZA no Planeta Atlântida 2018

Atração do Z Festival, que será realizado em  11 de outubro no Estádio Beira-Rio, a cantora IZA passa por um ano de ascensão. Em abril, lançou seu primeiro disco, Dona de Mim, que conta com participações de Ivete Sangalo, Thiaguinho, Carlinhos Brown, Rincon Sapiência, Gloria Groove. Combinando pop, R&B, hip hop, entre outros estilos, o álbum traz hits como Pesadão (com Marcelo Falcão) e Ginga.

Em junho, a cantora estreou no comando do programa Música Boa Ao Vivo, no Multishow, no qual recebe artistas e faz parcerias.

Em entrevista por e-mail a GaúchaZH, IZA falou sobre seu álbum de estreia e o seu programa de TV, além de comentar a representatividade negra e ser homenageada por Alcione. Confira:

Como foi a construção de seu disco de estreia, Dona de Mim?

A gente trabalhou nesse álbum por um ano e meio. Quando começamos a criar esse disco,  quis colocar tudo o que mais gosto de cantar. A inspiração veio muito mais de vibes e sensações, porque a ideia era criar algo novo.

Como as participações (Ivete, Thiaguinho, Carlinhos Brown, Rincon Sapiência, Gloria Groove) foram se encaixando no disco?

As músicas foram feitas pensando em cada um deles. Eu sabia que Corda Bamba, por exemplo, não seria a mesma coisa sem a Ivete, assim como Rebola ou É Nóis. São artistas que admiro demais e por isso foi uma honra ter cada um deles trabalhando comigo.

Como foi trabalhar com a Ivete?

Rainha, né?! Poder criar com ela, trocar energias e ideias, assim como com os outros convidados, foi o maior presente desse trabalho.

Ao que lhe remete a faixa Linha de Frente? Como foi a concepção dessa música?

Acho que remete à luta, exército, a formação, um movimento coletivo. É quase que um canto de guerra, uma música para acordar um sentimento de vitória dentro das pessoas.

Como tem sido apresentar o Música Boa Ao Vivo?

Tem sido um presente. É uma honra dividir o palco com tantos artistas talentosos, um aprendizado toda semana.

Você disse em entrevista ao para o canal no YouTube do Matheus Mazzafera que tinha pânico de ficar em frente à câmera e que não gostava de se ver. Mesmo depois de se tornar apresentadora ainda não se acostumou em se assistir?

Hoje estou me acostumando a assistir. Não é uma coisa que amo fazer, que me sinto super confortável. Mas profissionalmente entendo que é muito importante que eu me assista já que sou muito perfeccionista. Preciso ver o que estou fazendo, o que quero mudar. 

Você gostaria de fazer mais projetos como apresentadora ou, quem sabe, como atriz? 

Como apresentadora e atriz não é uma coisa que tenho pensado agora. O Música Boa já toma boa parte do meu tempo apesar de ser uma coisa muito divertida. Me encontrei em um lugar que nunca estive, como apresentadora. E apesar de ser uma coisa que esteja gostando muito de fazer, por enquanto, não está nos meus planos pensar em outros projetos nessa área.

Você já comentou que sentia falta de mais referências negras no entretenimento durante a infância. Hoje em dia, tu inspiras muitas crianças e adolescentes, seja no visual ou pelas mensagens de suas músicas. Como se sente ao se tornar essa referência que você buscava na infância?

Fico muito feliz, pois ouvir que sou referência é muito gratificante. Lembro a menina que era e sei como é importante me ver nos lugares, me sentir representada, ter uma mulher forte me dizendo todos os dias que eu posso e que "quem sabe sou eu". Sempre que puder, vou passar essa mensagem através do meu trabalho.

Em julho, a cantora Alcione lhe comparou a ícones como Clara Nunes, Elza Soares e Maria Bethânia. Entre outras coisas, disse o seguinte: “Há muito tempo eu venho esperando na música do Brasil, um acontecimento que me deixasse perplexa e que preenchesse todas as qualidades que um artista precisa”. Como você recebeu esses elogios da cantora?

Foi surreal. Estava em um churrasco, com minha equipe, e em um determinado momento, estava olhando meu direct do Instagram e um fã me avisou pra olhar o Instagram dela. Foi uma choradeira quando mostrei pra todo mundo. Fiquei muito emocionada porque é a Alcione, né!? Ela é respeitadíssima, excelente cantora, anos de carreira. Meu sonho é ter uma carreira longa como a dela. Ver uma artista como ela ser tão generosa, porque ela sabe o que ela fez por mim, ela sabia o impacto que teria pra mim um post daquele, foi uma honra né.

Embora tenha lançado seu primeiro disco em abril, você já pensa em gravar um novo álbum? Tem mente algo que gostaria de fazer diferente desta vez?

Ainda não penso nisso. Tem muita coisa para explorar do Dona de Mim. Um novo clipe, novo single de trabalho. Fora que quero viajar o Brasil inteiro com a turnê nova...

Por fim, o que podemos esperar de seu show no Z Festival?

O show no Z Festival já faz parte da nova turnê. Eu, minha banda e meus backs apresentamos quase todas as músicas do disco novo, além de um cover de Bad Romance e de Alcione.

 



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