Entretenimento



Reality musical

"Vamos colocar uma pressão que só gaúcho sabe fazer", diz Léo Pain

Sertanejo pode ser o primeiro representante do RS a vencer o "The Voice Brasil"

27/09/2018 - 08h30min


Amanda Souza
Amanda Souza
Enviar E-mail
Júlio Cordeiro / Agencia RBS
Léo Pain está na final do "The Voice"

Carismático, talentoso e do Alegrete. Este é Léo Pain, que, nesta quinta-feira, pode se tornar o primeiro gaúcho a vencer o The Voice Brasil (RBS TV, 22h55min). Thomas Machado, de Estância Velha, faturou a versão Kids do reality show.

Na terça-feira, também garantiram vaga na final da sétima temporada Erica Natuza, Kevin Ndjana e Isa Guerra. Os semifinalistas se apresentaram ao vivo, e o público votou nos seus favoritos. A percentagem da votação foi revertida em pontos.

E, sem saber o resultado do voto do popular, os técnicos Ivete Sangalo, Carlinhos Brown, Lulu Santos e Michel Teló também deram outros 20 pontos para um dos dois candidatos dos seus respectivos times.

Com o hit A Hora É Agora, de Jorge & Mateus, Léo sagrou-se  o recordista da noite com 85,71 pontos: 65,71% vindos do público e 20 de Teló. Em entrevista exclusiva, o músico que cativou o Brasil e uma vaga na final fala sobre a sua vida dentro e fora dos palcos, suas paixões e seus sonhos. 

Votação popular

Cabe ao público decidir  quem será o campeão pelo gshow.com/thevoicebrasil.

O prêmio: R$ 500 mil, um carro 0Km e contrato com a gravadora Universal Music.

Artur Meninea / TV Globo/Divulgação

O gaúcho é pop! 

Léo apostou no sertanejo, desfilando hits de Bruno & Marrone, Cristiano Araújo (1986  - 2015), Gustavo Mioto e Jorge & Mateus. Mas, na fase dos shows ao vivo, surpreendeu com La Barca, bolero que se popularizou na voz de Luis Miguel.

Segundo Léo, a escolha desta canção foi motivada pela sua memória afetiva: o pai, Francisco, falecido há sete anos,   principal incentivador da carreira musical do filho caçula:

— Sou fã de Luis Miguel, e meu pai tinha adoração por esta música. Cantei em muitos bailes, na adolescência.

Rei das votações

O trunfo do gaúcho é a aprovação popular, com mais de 50% dos votos em todas as etapas em que encarou enquetes populares. No tira-teima, teve 70,34% dos votos, número que saltou para 75,48% na batalha dos técnicos.

Na fase decisiva dos shows ao vivo, teve 54,05% e 53,39% na primeira e segunda noites, respectivamente. Já na semifinal, conquistou o maior percentual entre os oito candidatos: 65,71% de aprovação. 

Instagram / Reprodução

Só no ano que vem 

Colhendo os frutos de toda esta repercussão positiva, não há mais espaço em sua agenda de shows para este ano e, a partir de outubro, ele já começa a marcar os eventos para 2019. Em números absolutos, seus shows triplicaram.

— Ainda tem esta loucura até o final do programa, mas espero superar a expectativa do público e conseguir atender todo mundo — promete Léo.

Aliás, no The Voice Brasil de terça-feira, o apresentador Tiago Leifert anunciou que ele fará uma miniturnê pelos Estados Unidos.

Do povo

Léo está surfando na onda da popularidade em shows Brasil afora:

— Eu gosto. Em Dom Pedrito, ficamos até as 6h45min atendendo ao público. Acho que todo mundo que quer tirar uma foto, que quer estar perto do cara que está na televisão, merece atenção. Vou atender todo mundo.

Instagram / Reprodução

Carreira conectada às raízes 

A trajetória do caçula dos três filhos do casal Francisco Oliveira Melo e Martha Lizete Paim Melo se funde com a história da própria família. O gaúcho de 34 anos, que começou a cantar aos 13, em um CTG em Alegrete, teve o seu talento descoberto pelo pai.

Apesar de dedicar a sua carreira atual ao estilo sertanejo, Léo já conquistou mais de 40 prêmios na música nativista.

— Um dia, o meu pai viu que o meu irmão mais velho, Francisco Junior, que também é cantor, estava ensaiando, e eu estava ali, cantando junto. Então, comecei a cantar em alguns concursos de intérprete e ganhei vários prêmios. Mas sempre gostei de música sertaneja, tanto que formei uma dupla com o meu irmão, Léo & Junior, durante quatro anos  - relembra o finalista do The Voice Brasil.

Referências 

Em um de seus shows, durante o feriado do 20 de Setembro, em Alegrete, Léo teve uma agradável surpresa: a presença no palco da mãe, Martha, 64 anos, como uma forma de homenageá-lo. O músico conta que ela sempre incentivou a sua carreira, mas com uma ressalva:

— Incentivava bastante! Desde que levássemos a carreira junto com os estudos, principalmente, na adolescência.

A mãe de Léo é irmã do cantor nativista Wilson Paim:

— Temos contato todos os dias. Ele dá bastante força. Quando comecei a cantar, me espelhei nele.

Diferentemente do sobrenome do tio, o Pain de Léo, com "n", surgiu depois de uma consulta, há quase oito anos, com uma numeróloga. A nova grafia também serviu para marcar a sua carreira solo, em território sertanejo, uma vez que, no meio nativista, ele era conhecido como Leonardo Paim.

Júlio Cordeiro / Agencia RBS

Amor sem escalas  

Com a rotina de apresentações semanais, no Rio de Janeiro, e a agenda de shows, o artista, casado com a bancária Lidiane Cansi, 36 anos, está se virando nos 30. Ficou quase uma semana sem ver a amada. Eles têm se dividido entre a casa, em Santa Maria, onde Léo mora há 13 anos, e a chácara em Espumoso, cidade natal de Lidiane e onde ela trabalha.

A esposa do cantor, que assistiu à semifinal, ao vivo, nos Estúdios Globo, pretende acompanhar a final também de lá, com a irmã dele, Magda, a fonoaudióloga do músico, Carla Viegas, e a mãe do cantor. Segundo Léo, para a mãe, será um desafio:

— Ela não anda de avião, mas vai querer se aventurar para ir à final.

Juntos há dois anos, o casal se conheceu em um show do cantor em Ibirubá.

— A primeira coisa que me chamou a atenção no Léo foi a voz. Quando acabou o show, um amigo nos apresentou - revela.

— Desde lá, não nos largamos mais - completa o sertanejo, apaixonado.

Apelo ao público

Léo tem mais de 200 mil seguidores  no Instagram e 140 mil no Facebook.

— Cada vídeo meu tem, em média, 30 mil visualizações. O contato com o público nos shows também é muito importante. Votem, por favor! É o sonho de uma vida. Vamos colocar uma pressão que só gaúcho sabe fazer - pede ele.

Planos 

Segundo o gaúcho, que gerencia a sua própria carreira, uma mudança para o eixo Rio-São Paulo deve ser quase inevitável:

— Tenho a necessidade de mudar para divulgar mais o meu trabalho e conciliar a agenda de fora do Rio Grande do Sul. Fica complicado morando aqui. A logística fica muito cara. Mas não tenho ideia para onde vou.


Raio X

Time do coração: Internacional

 Prato preferido: churrasco

Hobby: laçar em rodeios

Coração: "Tranquilo".

O que toca na tua playlist: "Ouço música para tirar as letras que vão entrar no repertório do show ou para ensaiar para o The Voice. Quando ouço alguma coisa por lazer, é algo como Djavan, Luis Miguel ou Bruno & Marrone".

Ídolo: Bruno, da dupla Bruno & Marrone


MAIS SOBRE

Últimas Notícias