Para não se entediar, invente formas novas de fazer o mesmo de sempre, mas se por ventura não conseguir pensar em nada criativo por enquanto, que isso não sirva de justificativa para deixar de fazer o necessário.

Saber e não agir de acordo, que tipo de atitude seria essa? No mínimo, é uma atitude de duvidosa reputação, porque, ou indica uma preguiça de tamanho universal ou segundas intenções que distorcem a realidade.

Refletir é bom, questionar também; dilemas, apesar de estressantes, também ajudam a esclarecer, porém, chega uma hora em que apesar de o intelecto ser bacana é mais urgente arregaçar as mangas e fazer.

Ainda que você não ame de paixão tudo que precisa ser feito agora, este é um momento no qual vale a pena sacrificar os desejos em função dos deveres. É apenas uma questão temporária, não tire conclusões dela.

Talvez, em nome de você preservar tudo em andamento, você tenha de assumir responsabilidades que outras pessoas deveriam dar conta. Agora não é o momento de refletir sobre a injustiça disso, mas de dar conta do recado.

Enquanto você se regozija na imaginação fértil que busca novidades e panoramas de aventura, também cumpra seus deveres, porque uma coisa não há de eclipsar a outra, ambas hão de se alimentar mutuamente.

Para fazer tudo direito e se dedicar a realizar o que estiver ao seu alcance, pouca coisa é necessária, porque isso não depende tanto do cenário ou das circunstâncias, mas de você dar o primeiro passo e seguir em frente.

A celebração não há de tirar o foco do cumprimento das responsabilidades e deveres, porque se não houver espaço para tudo, a médio prazo até a celebração do entusiasmo será eclipsada pelo descumprimento.

Havendo muita coisa a ser feita, não é hora de criar dilemas e questionamentos, mas de arregaçar as mangas e dar o seu melhor para cumprir as tarefas com proficiência, para não ter de as repetir depois. É assim.

Faça o necessário ainda que você não tenha muita vontade, pois, agora não há de ser a vontade a dar as cartas, mas o cumprimento dos deveres para que tudo continue procedendo da melhor maneira possível, isso sim.

Somente é legítimo ajudar alguém quando você perceber que essa pessoa esgotou tudo que ela podia fazer para ajudar a si mesma. Intervir antes disso significaria você arrumar alguém que encostará e parasitará você.

Saber o que precisa ser feito e não o fazer, eis o princípio da procrastinação. Sobre essa plataforma vai se desenvolvendo a ansiedade e toda sorte de mal-estares que socavam o potencial progresso a que você aspira.