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Conheça mitos e verdades sobre a drenagem linfática na gestação

Confira dicas de especialistas

24/01/2019 - 10h00min

Atualizada em: 25/01/2019 - 11h25min


Amanda Souza
Amanda Souza
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Os efeitos da drenagem linfática ou de massagens relaxantes podem beneficiar as futuras mamães durante a gestação, mas algumas dúvidas atrapalham na hora de decidir se as técnicas empregadas são válidas ou não. Consultamos especialistas para saber que cuidados são necessários. Confira sete mitos e verdades a respeito. 

Divulgação / Divulgação
Thais (E) está grávida de 27 semanas

1) A drenagem linfática ajuda a reduzir o inchaço na gravidez?

Sim. A drenagem linfática é uma técnica que, por meio da massagem, direciona o excesso de líquidos para os gânglios linfáticos (pequenos nódulos pertencentes ao sistema linfático, espalhados pelo corpo, que são responsáveis por filtrar o líquido extra no organismo). O excedente é eliminado, muitas vezes, pela urina. O inchaço ocorre porque, durante a gravidez, aumenta a produção hormonal. Isto leva a uma tendência maior a reabsorver o sódio (sal) e à consequente retenção hídrica.

2) Qualquer gestante pode fazer?

Não! A drenagem linfática não é recomendada para grávidas que tenham hipertensão, insuficiência renal, trombose venosa profunda ou qualquer doença relacionada ao sistema linfático. Em geral, a massagem é feita a partir do terceiro mês de gestação ou da 12ª semana.

Thais Marcelino Ribeiro, 35 anos, está na 27ª semana de gestação e se vale da técnica. A empresária seguiu a regra de começar o procedimento só a partir da 12ª semana de gravidez e compartilha algumas dicas para prevenir o inchaço:

— Fazer exercícios como caminhada, principalmente pela manhã. E manter uma alimentação saudável.

3) É preciso obter a liberação do seu obstetra?

Sim. A gestante só está liberada para realizar o procedimento após esta autorização.

4) O feto não corre perigo?

Não. A drenagem linfática ativa apenas os sistemas linfático e venoso. Os profissionais que farão a massagem (fisioterapeutas ou esteticistas) não manipulam a área em que fica o bebê. Segundo a esteticista Stéfanie Lehenabuer Peretti, todo o cuidado é pouco:

— Não drenamos a região abdominal. É uma medida de segurança. Para que a massagem seja segura, a grávida deve ficar em duas posições recomendadas, de barriga para cima ou deitada de lado.

 5) Existem benefícios para a grávida? De quanto em quanto tempo, é recomendável fazer a massagem?

Sim. A drenagem linfática ativa a circulação e, assim, reduz a retenção de líquido, diminuindo o inchaço. Também relaxa, alivia a tensão e as dores musculares. Sobre a periodicidade, de modo geral, o recomendável é fazer até duas sessões por semana.

6) É verdade que a drenagem ajuda a mulher a emagrecer?

Não. Apenas contribui para a redução de medidas decorrentes do acúmulo de líquidos.

7) Existem produtos específicos utilizados no procedimento?

Sim. Segundo o professor Pedro Brum, do curso de massagista do Senac Centro Histórico, existe uma regra geral.

— O ideal seria utilizar cremes neutros ou óleos vegetais, como óleo de amêndoas. Estes trazem à paciente os benefícios da hidratação, prevenindo o aparecimento de estrias e proporcionando a ela os benefícios da massagem em si — orienta.

Em casa e no dia a dia

Emerson Souza / Agência RBS
O mínimo de elevação dos membros inferiores já auxilia no retorno venoso

/// Nos primeiros meses de gestação, ainda é possível que a gestante realize movimentos de massagem ascendentes (de baixo pra cima) nas pernas, enquanto passa creme ou óleo hidratante hipoalergênicos (com menos chances de causar alergia). Estes movimentos ativam o retorno venoso e, por isso, contribuem para diminuir a retenção de líquido.

/// Elevar as pernas, enquanto estiver deitada ou sentada, pode ser uma boa alternativa contra a retenção de líquido. O mínimo de elevação dos membros inferiores já auxilia no retorno venoso.

/// Se forem aconselhados pelo médico, exercícios leves como caminhadas são aliados na prevenção e no combate de edemas. Os gânglios linfáticos se encontram nas articulações. Por isso, o movimento delas auxilia diretamente no fluxo deste sistema, reduzindo o inchaço.

/// Redobre a vigilância no seu consumo de sal diário! Utilize pouca quantidade para cozinhar, não o adicione no prato e evite produtos e alimentos com excesso do tempero. Fique longe de carnes processadas, embutidos, enlatados e temperos prontos.

/// Beba bastante água: no mínimo, dois litros por dia. 

Fontes: Pedro Brum, professor do curso de massagista do Senac Centro Histórico, Stéfanie Lehenabuer Peretti, esteticista da Estética EmagreSee, Porto Alegre, e Cassia Medino Soares, nutricionista.


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