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Só se fala noutra coisa

Guri de Uruguaiana dá conselhos amorosos: "Feliz era Eva, já que Adão não tinha 'amiguinhas'"

Coluna está em clima de Dia dos Namorados

08/06/2019 - 10h00min

Atualizada em: 10/06/2019 - 09h50min


 

Fabrício Eckhard / Divulgação

Buenas, chê! Que tal? O Dia dos Namorados é na quarta-feira, e eu já estou sentindo aquele clima de romantismo no ar. Neste ano, a data é louca de especial, pois o Licurgo, por incrível que pareça, finalmente conseguiu arrumar uma nova namorada: a Jéssica! 

Falando nisso, todo mundo sempre me pergunta por que ele tem aquele jeito tão esquisito. Alguns estranham aquelas roupas estilo tropeiro gótico que ele usa, outros se sentem intrigados pelo fato de ele jamais pronunciar uma palavra… Pois, hoje, eu vou acabar com o mistério que envolve o curioso caso do gaúcho emo. 

Senta e escuta

Nossa história começa no interior da pacata cidade de Santa Margarida do Sul, pertinho de São Gabriel. Se tu não sabe onde fica São Gabriel, faz favor de comprar um Atlas!

Por incrível que pareça, naquela época, o Licurgo era o maior radialista da região — ele era mais conhecido do que parteira de Campanha. O programa dele, Parafuso de Patrola, era o mais bagual e o mais ouvido de todo o Pampa.Tinha uma audiência mais comprida do que sermão de padre recém-ordenado. Um dos motivos era que só executava música tradicionalista de verdade. Não é à toa que, na maioria das vezes, o programa só tocava Mano Lima, do início ao fim.

Certo dia, se mudou para a casa em frente à estação de rádio uma chinoca muy guapa, a Lucileide. Um guria que pertencia a uma tribo diferente: a dos emos. O Licurgo deitou logo o olho na Lucileide e ficou mais perdido do que cebola em salada de frutas! 

Emudeceu

O tempo foi passando, e ele foi se modificando só pra agradar a prenda. Tem muito gaudério que trocou o amargo por suco de clorofila só pra agradar uma chinoca...

E a mudança funcionou: o Licurgo e a Lucileide começaram a namorar. Com o tempo, o bagual foi ficando mais emo do que a própria guria. Trocou as botas por um All Star de cano alto e passou a fazer chapinha na franja! 

Acontece que, um dia, o Licurgo se atrasou para um baile e, quando chegou, viu a Lucileide dançando um vaneirão nos braços de um bagual mais grosso do que papel de enrolar prego!

Depois desse dia, Licurgo jamais proferiu uma única palavra. Sucede que ele já estava tão acostumado a ser um gaúcho emo, que nunca mais voltou a ser gaúcho bagual. Até hoje, é emo e emudeceu. Como eu sei de toda essa história, se o Licurgo é mudo? Li tudo no Orkut dele. Que barbaridade! 

Correio Amoroso

Fabrício Eckhard / Divulgação

Já que estamos em clima de Dia dos Namorados, trago de volta aquele quadro mais querido pelas amigas leitoras, o Correio Amoroso, com a pergunta da Ana. 

Guri, não importa o que eu faça. O meu namorado está sempre olhando para as minhas amigas. O que eu faço? (Ana Maria Bastos – Viamão)

Olha, Aninha, primeiramente, tu não podes querer agradar o tempo todo. Tu não és um pote de Mu-mu! Sobre esse teu namorado, vou te contar: feliz mesmo era a Eva. Afinal, 
o compadre Adão não tinha ex, amante nem aquelas amigas do Facebook. Na minha opinião, tu tens que mandar esse vivente andar. Este teu namorado, a essas horas, deve estar no Tinder mandando aquela frase do Neymar: "Saudade do que ainda não vivemos". 


Xô, falsidade

E fica atenta com essas amigas falsas! Bah, eu odeio gente falsa. Tenho tanto pavor de gente falsa que, sempre que entro em uma loja de roupas, já saio implicando com os manequins.  

Tirinha

Artebiz / Divulgação




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