Entretenimento



Estrelas da Periferia

Pagode e romântico e união das bandas locais: conheça a Melisma

Diferentemente de outras bandas em início  de carreira, o trio já deu a largada na   vida artística fazendo shows em casas noturnas.

04/06/2019 - 07h00min

Atualizada em: 04/06/2019 - 10h49min


José Augusto Barros
José Augusto Barros
Enviar E-mail

Formada em maio de 2012, a banda Melisma, do bairro Humaitá, na Capital, celebrou seus sete anos com feitos dignos de comemoração. O principal, até agora, foi a gravação de um EP, que teve as participações de dois nomes nacionais: Samuca, ex-integrante do Samba Livre, e Oscar Tintel. 

Fernando Gomes / Agencia RBS

Porém, os pagodeiros passaram pelos típicos perrengues de quem está em início de carreira. Mesmo assim, nunca abriram mão de investir no trabalho próprio. E, diferentemente da maior parte das bandas que tem origem em festas de família, Melisma fez o seu primeiro show em uma casa noturna.

— Como já tínhamos experiências em outras bandas, resolvemos dar a largada com um show maior, forte mesmo. Acredito que tenha sido um diferencial para que a gente conseguisse levar o nosso trabalho para um maior número de pessoas — afirma Filipe, vocalista do grupo.

Romantismo

Apostando em um pagode romântico, os músicos se beneficiaram da tecnologia para se aproximar do ídolo Samuca, considerado o padrinho da banda. Depois de assistir a um show do grupo Samba Livre, há cerca de dois anos, Filipe mandou uma mensagem para Samuca, por uma rede social, elogiando o trabalho do colega.

— Ele respondeu! "Colei" nele. E, desde então, passou a ser o nosso padrinho. Quando o convidamos para gravar uma música no nosso EP, ele aceitou na hora.  Conseguimos isso graças às redes sociais. Antigamente, não tínhamos acesso aos músicos. Hoje, ficou muito mais fácil — constata Filipe.

Mercado complicado

Mesmo vivendo uma boa fase com EP e clipe lançados da faixa É pra Frente que se Anda, a banda confessa que encontra dificuldades para fazer shows na Capital. 

Segundo eles, um dos motivos é o crescimento do funk e do sertanejo – e o consequente surgimento de mais artistas destes gêneros que abocanham fatias expressivas do mercado porto-alegrense. 

O outro é uma excessiva valorização de pagodeiros e sambistas nacionais em detrimento dos locais.

— No Interior, isso é diferente. Nosso cachê é maior, a recepção é muito melhor. Em Porto Alegre, os músicos de fora são muito valorizados. Acredito que, para mudar isso, o povo do pagode local tem que se unir, se respeitar e passar a tocar mais músicas próprias, não somente cover — afirma o vocalista.  

Completam o trio Melisma os percussionistas Fabrício e PH. 

Pitaco

Lelê, vocalista do Louca Sedução, fala sobre o trabalho dos pagodeiros:

– O Melisma é mais um grupo da nova geração do Rio Grande do Sul, que está fazendo a aposta certa, investindo em músicas autorais. Eles têm um estilo de pagode romântico e um cantor muito bom. É um grupo de muita musicalidade que, em breve, terá grande destaque. 

Aqui, o espaço é todo seu

— Se quiser falar com o Melisma, ligue para 99344-6443.

— Para participar da seção, mande um pequeno histórico da sua banda, dupla ou do seu trabalho solo, músicas e vídeos e um telefone de contato para jose.barros@diariogaucho.com.br.



MAIS SOBRE

Últimas Notícias