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Estrelas da Periferia

Conexão com a comunidade e interação com outras região: conheça o grupo KRIA 

Rappers do bairro Partenon se orgulham dos laços com seu povo e ainda criaram um projeto para mostrar sua comunidade para artistas de outras regiões.

03/09/2019 - 07h00min


José Augusto Barros
José Augusto Barros
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Tadeu Vilani / Agencia RBS
Da esquerda para a direita: DJ Drey, PF KRIA e Ian KRIA

Completando dois anos de estrada em 2019, o KRIA, do Partenon, aposta em uma mistura de black music e rap para ganhar destaque no cenário musical gaúcho. Formado em 2017 por PF KRIA e Ian KRIA, o grupo surgiu da experiência da dupla na banda Real Família, que deu a bagagem inicial para que os músicos sonhassem com a carreira solo. 

— No Real Família, a gente aprendeu algumas coisas sobre como produzir músicas, foi onde ganhamos experiência — afirma Ian.

Há cerca de dois meses, o grupo ganhou o acréscimo das batidas do DJ Drey, para formar um "casamento perfeito", como define Ian.

— Como a gente é da mesma área, nos conhecemos há um bom tempo, a conexão pegou de primeira. Ele já tocava nos bailes da região, foi o casamento perfeito. No nosso dia a dia, a galera se divide entre trabalho, estudo e nos encontramos de três a quatro vezes por semana, para fazer música, para planejar o futuro. A gente tem a ideia de sempre soltar algo sincero. Então, a gente quer passar para as pessoas, nas nossas músicas, tudo que a gente viveu, de maneira clara — explica Ian. 

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Conexão

Em novembro de 2018, os músicos do Partenon lançaram seu primeiro EP, batizado de Quem Mandou Convidar?, com cinco faixas, em todas as plataformas digitais, com auxílio de antigos parceiros do Real Família, como Sem Modos e Suspeitos. 

— Eles nos fortalecem, sempre — comemora Ian.

Enquanto produziam o EP, os integrantes do KRIA colocaram em prática um projeto muito interessante, o Vivenciando. De acordo com Ian, a iniciativa, que já teve três edições, tem a proposta de convidar artistas de diversas regiões da Capital, e da Região Metropolitana, para conhecer o Partenon.

— A gente sempre grava em algum “pico” da comunidade, apresenta para o pessoal de fora e tenta fazer uma experiência audiovisual marcante, como no episódio 1 (lançado em 2017), quando convidamos o rapper Tilt e o Gjo MC, ambos do bairro Glória — explica Ian, para completar: 

— Foi o projeto que deu ao início aos trabalhos do grupo com com outros artistas da cena local.

Por conta desses projetos, e pelo fato de ser integrado somente por músicos do bairro, Ian afirma que a conexão do KRIA com a comunidade é intensa:

— Nossa conexão com a comunidade vem desde a infância, todo muito se conhece, todo mundo é envolvido com todo mundo, acaba tendo essa ligação fortíssima. A galera daqui nos apoia, isso fortalece ainda mais.

Os próximos passos do grupo incluem o lançamento de clipes das canções do primeiro EP, como explica Ian: 

— A ideia é que os clipes tenham bastante interpretação, tipo um flime, com um roteiro massa. 

Pitaco de Quem Entende 

Rafa, do grupo Rafuagi, fala sobre o som do Kria:

— Tive uma grata surpresa ao conhecer o som dessa rapaziada! Fazem um som com identidade própria, um rap que fala de nós e que foi feito por nós. Qualidade na letra e na batida. Que sigam em evolução e contem com o Rafuagi e com a Casa da Cultura Hip Hop de Esteio!

Aqui, o espaço é seu!

— Para falar com o grupo, ligue para 98491-5466.

— Para participar da seção, mande um pequeno histórico da sua banda, dupla ou do seu trabalho solo, músicas e vídeos e um telefone de contato para jose.barros@diariogaucho.com.br.



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