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Estrelas da Periferia

Conheça o produtor da família de Gildo de Freitas que investe na trova

Wesley de Souza Marques sempre teve o apoio do filho do Rei dos Trovadores e, hoje, começa a alçar voo solo. 

07/01/2020 - 11h32min


José Augusto Barros
José Augusto Barros
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Desde os seis anos, Wesley de Souza Marques convive com a família de um dos maiores artistas gaúchos de todos os tempos: Gildo de Freitas (1919 – 1982). Hoje, Wesley, 24 anos, é produtor de Jorge de Freitas, filho de Gildo, que segue levando o nome do pai pelo Rio Grande afora, com trovas e músicas. E foi justamente a convivência com a arte da trova e com a música, desde pequeno, que o levou a enveredar pelo caminho do mestre. 

Fernando Gomes / Agencia RBS
Wesley, ou Trovador Barretinho, escreveu a primeira trova aos oito anos

O artista, que nasceu em Porto Alegre, escreveu a primeira trova aos oito anos. Hoje,  mora em Viamão e adotou o nome artístico de Trovador Barretinho.

— O Jorge, há muitos anos, me incentiva a fazer trova. Durante uma certa época, me levava nos shows dele. Convivi com os melhores trovadores. Se eu estivesse perdendo, ele parava a trova. Com o tempo, ele foi vendo que eu consegui evoluir — explica Barretinho.

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Em virtude da convivência com a família de Gildo, foi crescendo em Barretinho a vontade de seguir uma carreira inspirada em seu ídolo máximo. Aos poucos, com a ajuda de Jorge, foi criando trovas e mais trovas, até que, há dois anos, começou a se apresentar sozinho em desafios que chegam a durar duas horas. 

Às vezes, ele participa em parceria com Rodrigo Longaray, que também é compositor e trovador.

— Ganhei uma grande experiência convivendo com os melhores trovadores. A convivência com a família Freitas me ajudou muito. No começo, minhas letras não tinham muita audácia, mas fui me aperfeiçoando — explica Barretinho. 


Raridade

Em fevereiro, o trovador e cantor realizará o grande sonho de lançar seu primeiro disco, que tem canções de sua autoria e uma raridade: a faixa Cachorrinha.

– É uma música que o Gildo fez como "resposta" para a música Dois Quarenta e Cinco, que o Teixeirinha (1927 – 1985) lançou no período em que o Gildo estava internado no hospital, muito doente. Peguei a letra e transformei. É um disco de músicas, mas tem espaço para uma milonga mais improvisada, que lembra uma trova — conta Barretinho. 

Nas outras faixas, ele tenta combinar o estilo do velho Gildo, como ele define, com o seu, cheio de campeirismo e fidelidade às tradições:

— São canções mais audíveis, não são tão dançantes, no estilo do velho Gildo. São letras boas para tomar um chimarrão, sentar e ficar ouvindo. Quero levar adiante a obra do Gildo, com apoio da família dele e com  o meu estilo, claro.

Pitaco

O produtor artístico Adriano Brasil fala sobre o trabalho de Barretinho:

— É fundamental que a gente tenha artistas que mantêm vivo o legado de Gildo. Parabéns ao Barretinho! Faz música e trova de qualidade. Que o exemplo dele inspire outros artistas, pois a trova é uma característica nossa. 

Aqui, o espaço é todo seu

— Para falar com Barretinho, ligue para 99827-7098.

— Para participar da seção, mande um pequeno histórico da sua banda, dupla ou do seu trabalho solo, músicas, vídeos e um telefone de contato para jose.barros@diariogaucho.com.br.



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