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Insegurança

Luiza Brunet sobre ex-companheiro acusado de agressão: "Me sinto ameaçada até hoje"

Ex-modelo foi agredida pelo empresário Lírio Parisotto em 2016

18/02/2020 - 09h17min


Reprodução / Instagram
Em entrevista, Luiza Brunet relembrou o caso de agressão que sofreu do ex-companheiro em 2016

Em entrevista à revista Marie Claire, a atriz, empresária e ex-modelo Luiza Brunet relembrou o caso de agressão que sofreu do ex-companheiro Lírio Parisotto em 2016. Hoje, apesar de ter se tornado porta-voz de campanhas e programas em defesa da causa feminina, afirma ainda se sentir ameaçada pelo empresário, que figura no 58º lugar na lista dos bilionários da Forbes Brasil de 2019.

– Me sinto ameaçada até hoje. Ele é um homem que tem poder, no caso, muito dinheiro. Se acontecer alguma coisa comigo, há mensagens guardadas. Claro que tenho medo. No dia que fiz a denúncia, pedi a medida protetiva e ela ainda está valendo. Soube que ele vai tentar, de novo, em Brasília, pedir a revisão do caso porque continua afirmando que sou mentirosa, fala que sou golpista. Ele foi condenado em segunda instância pelo crime de agressão e obrigado a cumprir dois anos de trabalho comunitário. No Brasil, a vida da mulher não vale nada, o agressor só é preso se comete feminicídio – desabafou.

Questionada se já percebia indícios de um comportamento agressivo de Lírio, afirmou que o jeito como ele falava da ex-mulher era um sinal.

– Na época, não dei importância, mas o jeito como falava da ex-mulher já era um indício. Dizia que ela não prestava, que tinha dado umas porradas para ela não encher o saco. O melhor jeito de reconhecer um agressor é ouvir suas histórias, o comportamento se repete. Só que a tendência da mulher é pensar “comigo vai ser diferente”. Depois, passa a te podar, a questionar onde vai, dá um empurrão, começa a te desqualificar. E você começa a se questionar se, de fato, é isso mesmo – disse.

Luiza também refletiu sobre a culpa que as mulheres sentem quando passam por esse tipo de situação.

– Todas as mulheres sentem culpa. A tendência é dizer que ele tinha razão e que você está louca, descontrolada. É muito comum. Ficamos cinco anos juntos e tudo começou no segundo ano. Tentei terminar algumas vezes, mas, para mim, uma mulher de 50 anos, a coisa mais incrível foi começar uma história na idade madura. Ele, um homem de 60, se mostrou gentil, amoroso. Jamais pensei que pudesse ter uma atitude agressiva – afirmou.

Quando perguntada se doía relembrar o caso, afirmou:

– É uma história dolorosa, mas que me transformou na mulher forte que sou hoje. Tinha medo de perder o relacionamento, de perder contratos. Mas pensava “preciso contar, para que as pessoas acreditem que as mulheres passam por isso” – contou.


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