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Nos 25 anos de "Malhação", relembre alguns momentos marcantes

Novelinha teen se mantém atual e conectada ao público jovem

24/04/2020 - 14h59min


Michele Vaz Pradella
Michele Vaz Pradella
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TV Globo / Divulgação
O primeiro elenco

Parece que foi ontem, mas Malhação acaba de completar 25 anos. A novelinha adolescente completa um quarto de século com fôlego de criança e a maturidade de um produto consolidado. A capacidade de se reinventar a cada temporada garante espaço cativo na grade de programação da Globo — e no coração de milhões de brasileiros de todas as idades. Sim, porque se na origem Malhação era uma atração direcionada para o público jovem, hoje em dia é capaz de arrebatar a audiência de qualquer geração. 

Mas qual é o segredo para que a atração permaneça tanto tempo no ar? Simples: Malhação evolui junto com seu público, que também não é o mesmo da década de 1990. As mudanças de comportamento, o advento da tecnologia, os tabus que foram quebrados nos últimos anos, tudo isso foi mostrado na novelinha dos finais de tarde. O mundo mudou, e Malhação vem acompanhando essas mudanças. 

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Na academia, azaração e confusões

Outra grande virtude do programa é a coragem de ousar, experimentar novos formatos, cenários e histórias. Da academia ao colégio, passando por escolas de arte, faculdade ou as casas dos personagens, muita coisa já foi testada nesses 25 anos. 

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Thiago Lacerda começou na "Malhação"

Baseada em um modelo americano, o "soap opera", novelas com tempo indeterminado de duração, Malhação entrou no ar em 24 de abril de 1995. Foi a porta de entrada para atores hoje consagrados, como Thiago Lacerda, Marjorie Estiano, Bianca Bin, Caio Castro, Nathalia Dill, entre tantos outros. Em homenagem aos 25 anos da atração, relembre as principais mudanças da novelinha e as fases mais bem-sucedidas. 

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Que trio! Nair Bello, Rogério Cardoso e John Herbert


A origem

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Luiza e Dado: casal fofo

As primeiras cenas mostravam a chegada do jovem Héricles (Danton Mello), à academia Malhação, situada na Barra da Tijuca. Era o "point da galera" carioca, por onde passaram personagens inesquecíveis como Dado (Cláudio Heinrich, Juli (Carolina Dieckmann), Romão (Luigi Baricelli) e, é claro, Mocotó (André Marques).

Ver Descrição / Agencia RBS
Alexandre Barilari, André Marques e Jonas Torres já integraram o elenco

Apesar de dialogar com o público adolescente, a primeira temporada de Malhação causou polêmica ao mostrar cenas ousadas para o horário. 

Presença ilustre

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Ao lado da namorada, Susana, até o Fenômeno fez uma ponta

Além dos jovens talentos e dos talentosos veteranos, Malhação recebeu algumas participações especiais de peso. Em 1997, por exemplo, o jogador de futebol Ronaldo gravou como ele mesmo. Na trama, Mariana (Susana Werner) decide ir embora do país com seu novo amor, ninguém menos do que o Fenômeno, com quem namorava na vida real.

Novos ares

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Bruno e Alice: romance conturbado

Em 1998, Malhação saiu da academia e ganhou novos cenários, como pistas de corrida e as casas dos personagens. Foi a primeira troca de elenco da novelinha, com a chegada de nomes como Rodrigo Faro (Bruno), Cássia Linhares (Alice) e Márcio Garcia (Adriano).

Malhação na rede

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Mocotó navegava com a galera

A internet ainda dava os primeiros passos no Brasil – com conexão discada, vale lembrar – quando Malhação resolveu navegar nessa onda. Intitulada Malhação.com, a temporada que foi exibida entre 1998 e 1999 era apresentada ao vivo do quarto de Mocotó. O personagem de André Marques interagia com os fãs através de um chat, em uma espécie de retrospectiva das melhores histórias de Malhação. O formato não teve a repercussão esperada, assim, meses depois houve um retorno às origens, com elenco maior e tramas elaboradas.

Na sala de aula

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Érica e Touro: um dos casais queridinhos do público

Malhação deu adeus à academia em 1999, quando passou a ser ambientada em um colégio — o Múltipla Escolha. 

A temporada também marcou a despedida de Mocotó, que passou o bastão para sua irmã caçula, Marina (Natália Lage). Dentro ou fora da sala de aula, assuntos polêmicos foram abordados, como gravidez na adolescência, aids, homossexualidade, drogas e racismo.

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Cabeção (D) ficou várias temporadas no ar

Outra novidade foi a inclusão das famílias dos protagonistas, além de dramas vividos também pelos professores. Os adultos ganhavam mais espaço, mas o foco principal era nos conflitos da adolescência.

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Priscila Fantin e Daniel de Oliveira estrearam lá

Solta o som

A música sempre teve lugar cativo nos capítulos de Malhação. Entre as temporadas de maior sucesso, está a de 2004, que girava em torno da Vagabanda – formada por Gustavo (Guilherme Berenguer), Natasha (Marjorie Estiano) e Catraca (João Velho). As músicas do conjunto fictício foram fenômeno mas rádios da vida real, que tocaram à exaustão hits como Você Sempre Será e Por Mais que eu Tente.

Tv Globo / Divulgação
Quem não cantou junto com a Vagabanda?

Além de Marjorie, outros atores mostraram seus dotes musicais na novelinha. Foi o caso de Mariana Rios, como a divertida Yasmin, na 15ª temporada (2007-2009), e Fiuk, intérprete de Bernardo em Malhação ID (2009).

Inovação demais

Extra / Extra
Gabriel e Alexia: ligação de outro mundo

Nem sempre as mudanças no formato de Malhação surtiram bons resultados. Em 2011, a atração saiu do colégio e resolveu trilhar caminhos sobrenaturais. A trama de Gabriel (Caio Paduan) causou estranhamento e mais dúvidas do que respostas. Assim, os autores voltaram a apostar no velho clichê “vilã tenta atrapalhar casal”, transformando a mocinha Cristal (Thaís Melchior) em uma megera sem qualquer escrúpulo.

Sucesso de público e crítica

De volta ao ar desde o início do mês por conta da pandemia de coronavírus, Malhação: Viva a Diferença coleciona méritos. Vencedora do Emmy Kids — maior prêmio da TV mundial, foi sucesso com o público de várias idades.

Sergio Zalis / TV Globo/Divulgação
Muito amor pelas Five

A temporada também quebrou uma barreira importante. Em mais de 20 anos, foi a primeira vez que Malhação exibiu um beijo entre pessoas do mesmo sexo. O sucesso do casal Samantha (Giovanna Grigio) e Lica (Manoela Aliperti) marcou um avanço no tratamento das questões LGBTQ+.


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