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Preta Gil revela ser pansexual: "Gosto de gente"

Cantora contou ainda que iniciou a vida sexual e afetiva com uma mulher

30/07/2020 - 12h33min


Alex Santana / Divulgação
Preta Gil revelou ser pansexual durante live no perfil da revista Vogue

Durante participação em uma live no perfil do Instagram da revista Vogue nesta terça (28), a  cantora Preta Gil contou que sua vida amorosa e sexual teve início com uma mulher e afirmou que acredita ser pansexual. O bate-papo com a escritora e ativista  Carla Akotirene tinha como tema "Mulher negra: corporeidade e afetividade".

— Só comecei a cantar e ir para a frente das câmeras depois dos 28 anos, e, antes disso, eu me relacionava com mulheres. Inclusive, iniciei minha vida amorosa e sexual com uma pessoa do sexo feminino — contou ela. — Depois, passei a ter mais namorados homens. Talvez seja por isso que as pessoas tenham uma imagem heterossexual sobre mim. Mas acho que sou pansexual, gosto de gente.

Em seguida, comentou como seus interesses afetivos mudaram ao longo do tempo - seu interesse por pessoas brancas, por exemplo, teria a ver com as referências que ela tinha em seu círculo social, para além da família Gil:

— Fui induzida a ter meu afeto ligado a homens brancos, porque fui criada em ambientes de predominância branca. Mas os meninos da minha escola não demonstravam interesse por mim e eu não entendia o motivo. Hoje sei que tem a ver com a cor da minha pele — afirmou.

Preta ainda discorreu sobre antigos relacionamentos, que acredita terem sido abusivos.

— Eu me submetia, sem saber, a relacionamentos que hoje a gente consegue verbalizar como abusivo. Eu me contentava, dentro da minha carência de mulher preta, com aquele afeto, mesmo o homem sendo grosseiro, estúpido, que tentava me silenciar. Eu me apegava a migalhas — refletiu.

Por fim, a cantora também desabafou sobre o bullying que sofreu na escola.

— Eu era motivo de chacota por causa do meu nome. Com quatro anos, pedi para minha mãe me chamar de Priscila. Além disso, tinham preconceito por eu ser filha de um preto famoso que foi exilado durante a ditadura — relatou. — Eu aprendi o alfabeto como se diz no Nordeste e a professora, por causa disso, pediu para eu repetir de ano. Enquanto isso, no recreio, as meninas se juntavam ao meu redor e perguntavam se eu era a menina que falava errado. Na escola só havia eu e meus irmãos de pretos.

Confira o papo na íntegra:



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