Falando de Sexo
Como combater o assédio no transporte público
Quando isso ocorre, é fundamental que as mulheres se unam e denunciem o assediador
O isolamento social teve o seu lado bom: os ônibus não andavam tão lotados, e as mulheres não precisavam se preocupar com o assédio de alguns homens. Porém, com a flexibilização, os abusadores voltaram a agir de novo. Isso é horrível! Como podemos nos proteger disso?
Querida leitora, sua participação ajuda a comunidade. Parabéns! Queremos que a nossa coluna continue sendo uma porta de acesso a todo esse processo de auxílio.
O ato de friccionar os genitais em outra pessoa sem o consentimento dela, além de configurar abuso sexual, é uma doença chamada frotteurismo. Quase 90% dos indivíduos que apresentam esse distúrbio são homens. É comum se aproveitarem de aglomerações em ônibus ou metrôs para agir.
Esse ato é considerado crime de importunação sexual, que deveria ser denunciado, mas as mulheres se sentem humilhadas e não procuram as delegacias.
Proteção
Enquanto não é possível banir esse crime da sociedade, algumas ações podem ajudar a mulher a se proteger, como ficar mais próxima de outras mulheres. Se um homem se aproximar muito, o ideal é se posicionar ao lado ou de frente para ele. Também há o truque do cotovelo: incline-o para trás, assim, vai afastar o assediador.
Procure prestar atenção ao seu redor, pois você pode ajudar uma mulher que está sendo assediada. Avise outras pessoas e forme um grupo para afastar o assediador da vítima. Essa iniciativa pode mudar a visão de todos sobre esse ato.
O que estimula quem sofre de frotteurismo é a expectativa de não ser punido e o desejo de ter prazer com o outro sem permissão. Isso faz o indivíduo sentir domínio sobre a outra pessoa. Para as vítimas, a maior consequência desse tipo de abuso é o medo de estar em situações em que possam ser molestadas novamente.