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Em entrevista

Fábio Assunção fala de novos hábitos e feminismo: "A mulher tem que tomar o poder"

Ator, que perdeu 27 quilos e parou de beber, refletiu sobre seu novo momento de vida

04/08/2020 - 11h08min


Renato Rocha Miranda / TV Globo/Divulgação

O ator Fábio Assunção, que recentemente perdeu 27 quilos e parou de beber, falou sobre seu novo estilo de vida em entrevista ao jornal O Globo. Na conversa, o artista de 48 anos contou que a mudança começou com exercícios físicos e dieta rigorosa como preparação para a série Fim, interrompida em função da pandemia.

— Tem gente que acha que tomei bomba, anabolizante. Isso é mentira! Foi um trabalho coordenado pelo Chico Salgado para a série Fim. Eu tinha que ir de 97 quilos para 78. Aí cheguei nos 69. Perdi 27 quilos sem química, só com alimentação — contou ele. 

O trabalho disciplinar durou cinco meses.

— Começou com exercício aeróbico e alimentação cuidada. Só de desintoxicação carbogênica foram 38 dias. À noite, só tomo uma sopa. Neste momento, trabalho o ganho de massa muscular, como o dobro que estava comendo. Isso me trouxe leveza corporal. A minha relação com alimento mudou. Abri mão de pão, pizza, de muita coisa gostosa. Mas acabei pegando gosto pelos alimentos verdes — relatou.

A nova rotina fez com que Fabio se sentisse em paz e "no controle" de sua vida.

— Meus hábitos e meus horários mudaram. Essa leveza acelerou meu metabolismo, estou pensando com mais clareza. Esse Fabio está percebendo coisas que não apreciava antes. Estou voltado para o que está acontecendo hoje, sorridente, pensando "eu existo", estou em paz, no controle da minha vida e vendo para onde o mundo está indo — refletiu.

O ator está aproveitando o período de distanciamento social para estudar ifismo - filosofia religiosa africana, além de iorubá, direitos humanos e história da política brasileira. Na entrevista, afirmou olhar para o lado positivo da pandemia.

— Essa parada do mundo me deu tempo também para olhar dentro de mim. Juntar saúde, alimentação, espiritualidade, uma cabeça mais tranquila. Trouxe silêncio, paz. Não no sentido de estagnação. Tem uma música da Bethânia chamada Carta de Amor, que fala: “Eu sou haste fina que se enverga com o vento, mas que nem o machado corta”. Acho isso lindo, porque eu me sinto muito flexível. Me sinto preparado para o que vem por aí e estou vivendo o presente — afirmou.

Ainda na mesma conversa, questionado sobre o papel do homem contemporâneo no atual movimento feminista, respondeu:

— Escutar. Sou da teoria de que a mulher tem que tomar o poder. E governar esse mundo, porque a gente fracassou completamente. Brinco que quero obedecer, receber ordens. Quero que as mulheres se apropriem. Inclusive, há uma estatística que mostra que os países liderados por mulheres tiveram maior avanço contra a pandemia. Então... — concluiu.


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