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Luto

Mariana Rios relembra aborto espontâneo: "Agradeci a oportunidade de ter me tornado mãe de anjo"

Atriz perdeu o primeiro filho, fruto do relacionamento com o empresário Lucas Kalil, no mês passado

28/08/2020 - 08h48min


Mariana Rios Instagram / Reprodução
"Agradeci a oportunidade de ter me tornado mãe de anjo, com muita tranquilidade de que tinha feito a minha parte", contou Mariana Rios sobre aborto espontâneo

 A atriz Mariana Rios, que no mês passado sofreu um aborto espontâneo, falou sobre a experiência em entrevista à revista Marie Claire publicada nesta quinta-feira (27). Na conversa, contou como decidiu que era a hora de engravidar do primeiro filho junto com o noivo, o empresário Lucas Kalil

— Estamos juntos há dois anos e meio e moramos na mesma casa praticamente desde o início. Pensei: não sabemos quando vou poder voltar ao meu trabalho. Então perguntei pro Lucas: “O que você acha de a gente ter um filho agora?”. Ele sempre quis muito. Decidimos: “Vamos embora!”. Tomava anticoncepcional havia anos, pensamos que ia demorar um pouco. Engravidei no primeiro mês — contou.

A atriz disse que, no momento em que soube que estava grávida, já se sentiu mãe.

— Naquele dia já virei mãe, mudei minha vida inteira. Sou caxias com tudo, então imediatamente cortei açúcar e café, passei a tomar as vitaminas no horário certinho. Pensava: preciso fazer minha parte. Porque, se acontecer alguma coisa, estou com a consciência tranquila — explicou.

Na conversa, Mariana ainda relatou que só contou a novidade para amigos e familiares quando o médico liberou, e que chegou a ouvir o coração do bebê, de quem não chegou a saber o sexo, quatro vezes. 

— Uma semana depois de contar para todo mundo, em uma consulta de rotina, não ouvimos mais os batimentos cardíacos. Havia tido um aborto retido (quando o feto para de se desenvolver, mas o corpo da mulher não o expulsa). Estava tudo certo antes... — relembrou.

Então ela discorreu sobre como encarou o sentimento de perda.

— Primeiro, me permiti sofrer, viver o luto. E, depois, enfrentar. Sofri, mas deixei ir. Não fico presa no sofrimento. Automaticamente comecei a pensar no porquê de passar por aquilo, espiritualmente falando. Sou espírita, mas não é só sobre religião: acredito que, para evoluir, a gente precisa passar pelas coisas, e algumas vão ser tristes, infelizmente. Agradeci a oportunidade de ter me tornado mãe de anjo, com muita tranquilidade de que tinha feito a minha parte. Também entendi, de fato, que quero muito ter um filho — afirmou.

Mariana também relatou que optou por esperar a perda espontânea, em vez de passar por uma curetagem.

— Fiquei 12 dias com ele na barriga aguardando acontecer. Foi um tempo importante. Olhava para a barriga e conversava: “Olha, sei que você precisa ficar mais um tempinho aqui, fique o quanto precisar. Mas, quando você tiver de ir, espero que Deus nos ilumine pra ser de uma forma tranquila. E que meu organismo limpe tudo, para não precisar fazer nenhuma intervenção, algo que possa prejudicar meu útero”. Nos últimos dois dias, comecei a sentir as dores, e meus pais vieram de Araxá para ficar com a gente. Eles ficavam comigo na cama, assistindo a filme, e de repente precisava parar. Dizia: “Espera, está doendo”. E, quando passava a contração, a gente voltava a ver, conversava, pedia uma pizza. Ficamos muito juntos, foi importante — contou.

Por fim, afirmou que ainda quer engravidar novamente, mas vai esperar um tempo para que o útero se recupere.

— Dá vontade de tentar logo, né? Mas ainda estou me permitindo viver o momento, não tomar decisão nenhuma. Tudo na minha vida foi sempre programado, todo o tempo pensando: “Qual o próximo passo?”. Mas, nesse momento, decidi não pensar. Estou me protegendo, o ciclo ainda não fechou, não menstruei depois da perda. O útero também está maior, tem de voltar ao normal — concluiu.


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