Música
"Sou a prova viva que o sonho não tem fronteira", diz rapper gaúcho contratado por gravadora multinacional
Long Beatz, que mora no Rio de Janeiro, lança nesta sexta (28) sua carreira solo.
Aos 27 anos, 15 anos depois de ter chegado ao Rio de Janeiro, o gaúcho Allan Brum da Silva, 27 anos, conhecido no meio do rap como Long Beatz, estreia, hoje, sua carreira solo. Natural de Esteio, o músico integrou, entre 2016 e 2019, o grupo 1 Kilo. Mesmo tendo integrado o grupo, um dos mais conhecidos do cenário nacional, responsável por hits como Deixe-me Ir, cujo clipe tem mais de 300 milhões de visualizações no YouTube, Long vê o dia de hoje como especial.
Nesta sexta, ele lança sua primeira canção solo, Ela Disse Pra Mim, por uma das grandes gravadoras do país, a Warner. A faixa, disponível nas plataformas digitais, foi gravada em parceria com Pele Milflows e com o jamaicano Daddy1 e investe no trap, um dos ritmos do momento no país.
-Estou numa baita expectativa, muito feliz com o resultado. E feliz de representar o Rio Grande do Sul no mercado nacional. Consegui mesclar as participações do Daddy, que é uma relíquia da nova escola da Jamaica, com o Pele. É um som brasileiro, misturado com um suingue jamaicano. Estou ansioso, acho que a galera vai gostar. E quero o retorno do povo, pois a voz do povo é a voz de Deus - afirma o gaúcho, em entrevista por telefone.
Batalha
No papo,Long lembra que o hip hop já entrou no mercado há muito tempo, mas considera que "muita gente não quer assumir". Eclético, já produziu até trabalhos de forrozeiros e elogia outros gêneros.
- Ouço de tudo. Tem gente do próprio sertanejo que ouve trap, como o Lucas Lucco. Hoje em dia, a galera conseguiu se adaptar, a música tem uma linguagem universal - sustenta.
Com contrato assinado com a gravadora em meio à pandemia, em cerimônia que teve, inclusive, a presença do presidente da Warner Music, Sergio Affonso, Long tem uma história de superação. Hoje, ele tem seu próprio estúdio, em Botafogo, bairro carioca, e está abrindo outro, na Barra da Tijuca, fazendo gravações para artistas nacionais e internacionais e já esteve em atrações nacionais, como o Encontro com Fátima Bernardes.
Porém, seu começo foi diferente. Em Esteio, ele lembra, o pontapé inicial para seu começo na música foi dado por uma das referências no rap local e nacional, Rafa, do Rafuagi.
- O Rafa é um irmão que fiz, desde moleque. Sempre o via como um cara ativista na causa do hip hop. Me envolvi com o crime e o rap, por meio do Rafa, foi minha válvula de escape. De Esteio pro mundo, sou a prova viva que o sonho não tem fronteira - comemora Long.