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É o amor

Vitória Strada relembra descoberta de paixão por Marcella Rica: "Gostava dela antes de dar o primeiro beijo"

Atriz gaúcha falou sobre o início do namoro em um bate-papo com a jornalista Mônica Salgado, colunista de Donna

31/08/2020 - 08h43min


Vitória Strada Instagram / Reprodução
Marcella Rica e Vitória Strada estão juntas há cerca de um ano e meio

Na noite desta quinta-feira (27), a atriz gaúcha Vitória Strada bateu um papo via live com a jornalista e colunista de Donna Mônica Salgado. Durante a conversa, a artista recordou como foi o momento em que entendeu que estava se apaixonando pela também atriz Marcella Rica, com quem namora há quase um ano e meio:

 — Ficava esperando uma mensagem dela! — contou, entre risadas. — Em um primeiro momento, foquei no que eu estava sentindo, para entender primeiro. Percebi que estava gostando dela antes mesmo de dar um beijo. Não fico esperando mensagem assim das minhas amigas. Foi um jogo de proximidade: aproximava os sentimentos que já tive para entender o que estava sentindo.

Quando se deu conta de que o sentimento que tinha por Marcella não era de amizade, Vitória ficou atenta aos próprios "sinais".

— Teve um dia (em que estavam assistindo ao pôr do sol com amigos) que ela colocou o braço para me apoiar. Até aí tudo bem, porque sempre gostei de abraçar as minhas amigas, de contato físico, carinho. Quando ela colocou o braço, pensei: "Tô sentindo um frio na barriga". Mas eu só senti isso com homens. Foi o processo de entender que eu estava sentindo isso com uma mulher e tudo bem. As coisas foram acontecendo — explicou. — Foi muito rápido. Eu, que sempre fui muito racional, me joguei.

Vitória também falou sobre o momento em que a ficha "caiu", de que estava apaixonada por Marcella: 

— Fez diferença a criação que eu tive, as coisas que já acreditava antes. Para mim, começa antes (de assumir). Começa comigo mesma, no momento em que percebi que estava gostando de uma mulher. Isso para mim nunca tinha acontecido. Nada do que eu vivi antes foi um erro, ou não foi o suficiente. Lidei muito melhor por ter pessoas na minha volta que eram livres de preconceito. 

Sobre o momento em que contou sobre seu novo amor aos pais, Vitória relembra com carinho a receptividade:

— Meus pais já conheciam e adoravam a Marcela. Foi muito importante e muito feliz para mim. Fiquei numa alegria em ver meus pais, que são de outra geração, entendo, respeitando e amando a Marcella. Foi muito bonito.

No bate-papo, a estrela recordou de um momento em que seu pai fez um bonito desabafo sobre relações homoafetivas. Foi quando os atores Mateus Solano e Thiago Fragoso deram o primeiro beijo gay da TV brasileira durante a novela Amor à Vida (2013), da Globo. Eles assistiam juntos quando Vitória comentou o quanto era importante ver a cena na TV.

 — Meu pai é de outra geração, cresceu numa cidade do interior do RS. Para ele, é tudo novo — diz. — Na cena do Félix (personagem de Solano na trama), ele disse: "É, filha, eu entendo que fui criado numa sociedade diferente, num lugar que era muito mais preconceituoso, como se isso não existisse. Mas eu entendo que o mundo está evoluindo e que estamos aprendendo a lidar com a diversidade. Entendo que eu que tenho que evoluir. Cada um tem seu jeito de viver". Achei a coisa mais linda. Entendi que tem um processo de cada um. 

Em casa

Sobre o período de distanciamento social ao lado de Marcella - as duas moram juntas no Rio de Janeiro -, Vitória conta que a presença da amada foi fundamental:

 — Sou muito comunicativa. Graças a Deus tive Marcela, senão não sei o que seria de mim — conta, entre risadas. —Estamos juntas há quase um ano e meio. Nunca tínhamos convivido tanto. Por isso que quarentena não é fácil. De todas as coisas que podia listar (do que foi mais difícil no confinamento), a Marcella foi a última, não tive nenhum problema com ela. 

Sobre a convivência, Vitória entrega que as personalidades parecidas ajudam muito no dia a dia:

— A gente tem muita coisa em comum. Ela é um presente na minha vida. Nas coisas essenciais que precisam, para morar junta e respeitar a individualidade uma da outra, somos muito parecidas. 


Confira o bate-papo completo:



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