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Funkeiro do bem e com projetos sociais: conheça MC Gringo Wf

Músico de Itapuã começou a carreira no sertanejo, mas migrou para o funk e ainda apoia projetos sociais

15/09/2020 - 13h02min

Atualizada em: 15/09/2020 - 13h55min


José Augusto Barros
José Augusto Barros
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Na adolescência, Willyan Bonfante Marçal, morador do bairro de Itapuã, em Viamão, começou sua história com a música cantando sertanejo, gênero que vem tendo um crescimento exponencial nos últimos anos. Estimulado pelo pai, André Marçal da Rocha, ele via na lida musical um jeito de ganhar destaque. Até que, em 2014, incentivado por amigos, que viram improvisar rimas em uma roda, ele decidiu tentar a sorte no funk.

- A galera me viu cantar, me pilhou, disse que eu mandava bem. Foi o momento ideal para mudar de gênero - lembra MC Gringo Wf, o nome artístico de Willyan. 

Aos poucos, apoiado pelo primo, Thomas Marçal, que escreve com ele todas as letras, Gringo começou a reunir composições para lançar seu trabalho solo com consistência. A parceria com o primo foi crescendo e se fortalecendo tanto que, ao lado da mãe de Thomas, a dupla vendeu o que tinha por aqui para juntar grana para ir para São Paulo, para gravar o primeiro clipe, em julho deste ano.

- Largamos tudo, eu tinha emprego de carteira assinada. E consegui realizar meu sonho, gravando o clipe da canção Jogo da Vida, que ficou muito legal, no nível de mcs nacionais - comemora Gringo. 

Porém, não é só na música que Gringo vem chamando atenção. Neste ano, ele reativou um time de futebol que virou referência em Itapuã: o Horto. Fundado em 1995, o time ganhou diversos campeonatos de várzea até que, no começo desse ano, foi fechado. 

-Pensei: tenho que levantar esse time de novo. Fiz camisetas, emblemas, tudo. Primeiro, reativei, com a ajuda de patrocinadores, como o Roger Machado (ex-técnico do Grêmio), o time de futebol sete. Depois, o de futebol de campo - comemora.

Antes da chegada da pandemia, Gringo conseguiu colocar em prática outro sonho: o de fundar uma escolinha de futebol gratuita do Horto. 

- Era um projeto que tinha, paralelo à música. E, assim que isso tudo passar, quero que tudo isso seja retomado, o esporte é um grande caminho para os jovens, assim como a música - sustenta. 

Pitaco 

Diego Garcia, produtor artístico, fala sobre o trabalho do MC:

- Ele faz um funk consciente, melódico, clipe gravado em padrões acima de média. O interessante história dele é que ele é um cara que os seus recursos, conseguiu sair de Porto Alegre. Parabéns!

Aqui, o espaço é todo seu

- Para participar da seção, mande um pequeno histórico da sua banda, dupla ou do seu trabalho solo, músicas e vídeos e um telefone de contato para jose.barros@diariogaucho.com.br.

Para falar com o MC, ligue para 9744-1863.



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