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Saúde mental

Giulia Gam recorda apoio do filho, Theo Bial, durante sua depressão: "Achei melhor me recolher"

Atriz foi diagnosticada com a doença em 2017

22/09/2020 - 08h58min


Instagram @theobial / Divulgação

A atriz Giulia Gam, de 53 anos, foi diagnosticada com depressão em 2017 e passou um tempo afastada do trabalho e da mídia. Em entrevista à colunista Patricia Kogut, do jornal O Globo, publicada nesta segunda-feira (21), a artista falou sobre como foi enfrentar a doença

— Eu tive uma depressão muito profunda. Achei melhor me recolher. Não tinha segurança para aceitar um trabalho e, eventualmente, não conseguir levar a cabo. Às vezes é difícil perceber, diagnosticar... Acabei me afastando. Quando fui fazer Novo Mundo (2017), não consegui gravar num dia. Isso nunca tinha acontecido na minha vida. Fiquei muito assustada — relatou.

Atualmente, Giulia está se recuperando com a ajuda de terapia e medicação, e afirma estar se voltando ao máximo para os amigos e familiares.

— Agora, já estou mais segura, tendo mais perspectiva. Acho que estou sabendo elaborar melhor o que aconteceu. Me sinto mais estruturada, com terapia, medicação, essas coisas todas. É a primeira vez que falo da depressão. Sempre falaram por mim. Estou bem, me voltando ao máximo para os amigos e para a família. Fui recentemente para um sítio em Cotia para um piquenique bem reduzido com familiares. Foi bem importante. O Theo fica feliz porque estou bem — contou ela, mencionando o filho de 22 anos, fruto do seu casamento com o jornalista Pedro Bial

Para a colunista, a atriz ainda refletiu sobre os diversos fatores que desencadearam a doença.

— Senti muita ansiedade e fiquei insegura. Os 50 e poucos são um momento de questionamentos também. E eu vinha do estresse de fazer duas novelas seguidas. Foi um conjunto. Não sei dizer exatamente o quê. Agora, pequenas coisas que eu já não conseguia apreciar voltam a ter um valor incrível. Acho que o que as pessoas viveram na pandemia talvez tenha a ver com o que vivi antes: a instabilidade, a insegurança, o medo — comparou.

Por fim, explicou porque não falou abertamente sobre o diagnóstico.

— Sei que tem a curiosidade, mas achei melhor ficar quieta. Apesar de que não acho que se deve estigmatizar, pela minha experiência, o tratamento psiquiátrico. Mas não me sinto preparada neste momento para levantar uma bandeira. Ainda não tenho tanta autoridade assim para falar mais profundamente sobre o assunto — disse.


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