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"Escolinha do Professor Raimundo" ganha nova temporada com personagens marcantes da dramaturgia

Humorístico estreia neste domingo, na RBS TV

18/10/2020 - 12h51min


Júlio Boll
Júlio Boll
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JOAO COTTA / TV Globo/Divulgação
Bruno Mazzeo retoma papel imortalizado pelo pai, Chco Anysio, como o Professor Raimundo

Assim como as instituições de ensino Brasil afora, a Escolinha do Professor Raimundo também está voltando à normalidade. Com maior distanciamento entre as carteiras, todas elas equipadas com álcool gel, os alunos retornam às aulas para a sexta temporada do humorístico, que estreia neste domingo (18), às 12h45min, na RBS TV.

Com direção artística de Cininha de Paula e redação final de Angélica Lopes e Leonardo Lanna, a nova fase da atração traz os mesmos personagens consagrados na releitura do universo clássico criado por Chico Anysio (1931—2012), agora comandado por seu filho Bruno Mazzeo, herdeiro do papel do mestre Raimundo. 

Para Rodrigo Sant’anna, que vive Seu Batista, a retomada da Escolinha foi um pouco angustiante pela falta do contato entre os alunos, que, segundo ele, “parece fazer parte da nossa comunicação verbal”.

— Uma situação curiosa é que a gente jogava bolinhas de papel no Ptolomeu e a gente não pode fazer isso desta vez, por conta do contato com esse papel que vai para a outra pessoa. Isso é completamente contra o protocolo e ficou de fora, então essas coisas sutis a gente só percebe quando nos é retirado — explica Sant’anna.

Outra novidade da temporada são as participações especiais. Tradicionalmente, são convidados atores de fora do elenco para participar das classes. Os roteiristas tiveram uma solução inteligente: recuperaram personagens de novelas antigas da Globo que foram vividos por atores da Escolinha em outros períodos. 

Dessa forma, o público pode se preparar para as visitas: Crô, de Fina Estampa (2011), vivido por Marcelo Serrado (que assumiu Ptlomeu nesta temporada); Félix, sucesso de Amor à Vida (2013) interpretado por Mateus Solano (o Zé Bonitinho na Escolinha); Leleco, personagem de Marcos Caruso (Seu Peru) em Avenida Brasil (2012); Valéria, interpretada por Rodrigo Sant’Anna na temporada 2013 do Zorra Total; Lucicreide, vivida por Fabiana Karla (Dona Cacilda) no mesmo programa; e Jackson Faive, de Marco Luque (o Patropi). 

Para Marcos Caruso, voltar a interpretar Leleco depois de oito anos do fim do folhetim de João Emanuel Carneiro foi como “visitar um antigo parente que eu não via há muitos anos”. 

— Quando acabei de me vestir no camarim, fiquei feliz por reencontrá-lo bem ao olhá-lo no espelho, mas o percebi um pouco mais velho. Não cortei propositadamente o cabelo, que ele usava quase raspado, para dar essa ideia de passagem do tempo. Foi bom ver que ele continua bem-humorado e com muita energia física (risos) — diverte-se Caruso.

Com as presenças especiais, haverá alianças e conflitos entre os alunos e os convidados, que vão esbanjar de bordões e trejeitos em cena. Os roteiristas adiantam que Seu Peru, por exemplo, ficará irritado com a presença de Crô, e João Canabrava (Marcos Veras) será convidado por Leleco para um churrasco no Divino, bairro em que é ambientado Avenida Brasil. 

Adaptações

Além da exibição na Globo, a nova temporada da Escolinha terá reprises no canal por assinatura Viva, de segunda a sexta, às 20h, e maratona de episódios aos sábados, a partir das 18h. O Viva também exibiu na semana passada uma aula online com a turma, mostrando as casas dos personagens.

Apesar da falta do contato com os colegas, já que gravaram esse especial diretamente de suas casas, Mateus Solano se divertiu com as mudanças. 

— Justamente por essa graça de conhecer a casa desses personagens, em especial de alguns como, por exemplo, o Nerso da Capitinga, com um monte de bicho dentro de casa, ou mesmo o Zé Bonitinho, que surpreende com uma casa inteiramente vazia, onde a única coisa que a embeleza é ele próprio. Foram ideias muito boas e engraçadas para tirar os personagens de dentro do mesmo cenário e colocar em cenários diversos — explica Solano.

Além do capítulo a distância, a Escolinha também produziu um podcast no primeiro semestre. Bruno Mazzeo ficou contente com o resultado.

— É claro que senti falta do calor, do olho no olho, do agito que é a Escolinha. Mas, de novo, não chegou a ser uma enorme dificuldade porque o próprio formato do programa permite isso. Quando fizemos o podcast, por exemplo, me senti voltando à origem da Escolinha: o rádio — destaca Mazzeo, lembrando o projeto liderado por seu pai, que adaptou para a TV o programa do radialista Haroldo Barbosa da década de 1950.

> ESCOLINHA DO PROFESSOR RAIMUNDO

Domingo, RBS TV, 12h45min

JOAO COTTA / Divulgação
Carteiras foram equipadas com álcool gel



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