É difícil para Carlos Eduardo Cardoso, 35 anos, lembrar quando começou seu sonho de trilhar o caminho musical. Afinal, ele conta que a música sempre esteve presente na vida de sua família, em suas mais diferentes formas. Da mãe, também cantora, herdou o gosto pelo timbre forte de Eliana de Lima e Elizeth Cardoso (1920 – 1990). A irmã preenchia a casa com os acordes do rock de Guns N’ Roses. Já o pai animava as festas com puro samba de raiz. Eram as sementes para que surgisse Dudu Cardoso, o músico de Canoas que já tocou com grandes nomes da cena musical.

Não à toa, as referências do artista são variadas:

— Tenho como principais referências os jamaicanos Bob Marley (1945 – 1981), Peter Tosh (1944 –1987) e todas aquelas bandas de reggae dos anos 1970 e 1980, além de Cidade Negra no reggae nacional. Também tem muito de música brasileira. Adoro MPB, Tom Jobim (1927 – 1994), gosto muito de Djavan, Jorge Vercilo, Maria Rita e Seu Jorge, que acho um artista completo. 

O começo

Aos 12 anos, ele conta que começou a fazer aulas de baixo e guitarra por influência dos amigos. A gurizada ao redor não levou o objetivo adiante, mas Dudu teve certeza de que aquele não seria apenas hobby, mas uma profissão.

Ainda na adolescência, integrou a banda Jah Eras, que abriu shows de nomes consagrados, como Tribo de Jah e Natiruts. Foi aí que a carreira deslanchou.

— Meu primeiro show foi no salão de uma igreja e tinha umas 400 pessoas. No segundo, já tinha 4 mil pessoas, em Esteio — conta. 

A partir daí, Dudu virou figura conhecida em apresentações de grandes artistas. Como guitarrista, tocou ao lado de Luka (do hit Tô Nem Aí) e Nego Joe. 

Hoje, faz parte da banda A Rud, que segue na ativa. Inclusive,  gravaram a canção Viva a Natureza em parceria com o cantor Lumi, finalista do The Voice Brasil em 2016.

Interromper vários projetos não foi fácil, admite Dudu, mas o isolamento social fez nascer um novo sonho: o da carreira solo, que pretende tocar em paralelo à banda. A primeira canção autoral, Freedom, deve sair em breve.

— Fiquei muito tempo sem trabalhar, sem receber, tive que me virar, me reinventar, fazer lives. Aproveitei para compor, estruturei minha carreira solo, consegui interagir melhor nas minhas redes sociais. Fiz a Live do Bem: foram 20 domingos de música e bate-papo com ícones do reggae — afirma.

Esperança

Depois que esse período difícil passar, o músico acredita que dias melhores virão:

— Acho que as pessoas estão um pouco mais humanas, tudo vai fluir melhor. Quero mandar mensagens positivas, que todos têm de correr atrás do sonho. A caminhada é longa, mas acredito que estou no caminho certo.

Pitaco de Quem Entende 

Claus, da dupla com Vanessa, acredita em um futuro promissor para Dudu:

— Consegue passar sua poesia, manda uma "vibe" boa e um balanço de reggae em clima verão! Tem presença e talento de sobra para ir adiante. Sucesso!

Aqui, o espaço é todo seu!

— Para participar da seção, mande um pequeno histórico da sua banda, dupla ou do seu trabalho solo, músicas, vídeos e um telefone de contato para jose.barros@diariogaucho.com.br.

— Para falar com Dudu Cardoso, ligue para  98357 4451.