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Falando de Sexo

É preciso combater a intolerância

Não se pode concordar com todo tipo de expressão que vá resultar em prejuízo emocional para qualquer pessoa

16/11/2020 - 15h27min

Atualizada em: 16/11/2020 - 17h46min


Andrea Alves
Lucia Pesca
Reprodução / Reprodução

Respeito muito a coluna de vocês. Sou homossexual e me senti ofendido, na semana passada, com a frase do presidente Jair Bolsonaro, sobre o Brasil ser “um país de maricas”. Gostaria de saber o que pensam sobre isso.

Caro leitor, obrigada pelo respeito e consideração pelo nosso trabalho. Há 11 anos, buscamos dar nossas respostas baseadas na ciência e no bem-estar. Isso tudo está acima das nossas opiniões pessoais. 

Há poucos dias, a seguinte afirmação do presidente Jair Bolsonaro causou polêmica: "O Brasil tem que deixar de ser um país de maricas". Essa declaração, além de preconceituosa, é sem sentido. Para quem não está engajado nos movimentos sociais, segue uma explicação breve: alguns termos pejorativos são reutilizados e ressignificados pelos grupos contra os quais eles eram anteriormente usados. As expressões marica, bicha e veado, entre outras, hoje, são usadas em certos contextos (como músicas e vídeos de protesto) com orgulho. 

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Tom depreciativo

Um homem que utilizar o termo marica como autodefinição e para se referir a outros gays não está ofendendo ninguém. A ofensa ocorre quando algo é dito em tom depreciativo. Marica, hoje, é até pouco usado, mas já foi um dos maiores xingamentos contra homossexuais.

É impossível concordar com todo tipo de expressão que vá resultar em prejuízo emocional para qualquer pessoa. Tratamos aqui, mais especificamente, de uma conscientização que leve ao respeito da diversidade sexual.

Temos que valorizar a tolerância com o que não faz mal aos indivíduos e à natureza, porque a intolerância,  sim, é o mais nocivo dos comportamentos humanos.


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