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Estrelas da periferia

 "Queremos colocar Porto Alegre no mapa do rap", diz rapper do grupo Crânios Crônicos

Grupo foi fundado em 2017, na Zona Sul de Porto Alegre

17/11/2020 - 11h54min

Atualizada em: 17/11/2020 - 13h28min


José Augusto Barros
José Augusto Barros
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Grupo está na estrada desde 2017

Nascido em 2017, o grupo Crânios Crônicos, com integrantes da Cohab Cavalhada, na Zona Sul da Capital, nasceu com o DNA do sons de periferia. Integrado por três músicos que tinham experiências anteriores no rap (Galo Cinzento, Ari Maloka e Dj Th211) e um que vinha com uma bagagem do reggae (Robinho Melodia), o Crânios tem como estilo principal o boombap (estilo de batida clássica do rap, originária do soul e do funk) e traz influências da nova e da velha escola do rap, tentando retratar a realidade e resgatar valores. 

Com apenas três anos de existência, o grupo, que vem ganhando destaque no Estado, já abriu shows para nomes nacionais como MV Bill,

Nocivo Shomom e Primeiramente. Logo no primeiro ano, o Crânios já lançou seu primeiro disco, que leva o nome da banda, com 12 faixas.

- Queremos resgatar os valores esquecidos, colocar Porto Alegre no mapa do rap. Depois do grupo Da Guedes, nenhum grupo teve ênfase nacional, Então, trabalhamos em busca desse objetivo, buscar uma visibilidade nacional para o grupo e para o gênero - afirma Galo Cinzento. 

Em 2018, a banda lançou o EP Dope Tape Free Use, com cinco faixas, dando sequência ao trabalho e ganhando destaque no cenário local do gênero. Agora, o Crânios Crônicos prepara uma apresentação especial, na live Cobah é Só Rap, versão online de um dos eventos mais tradicionais do gênero no Estado, que acontece no dia 29 de novembro, com transmissão pela página do Facebook do movimento Embolamento Cultural.

No show, que faz parte das comemorações dos 14 anos do Cohab é Só Rap, o Crânios mostra as faixa do novo EP, lançado no dia cinco deste mês, intitulado Pandemia. O disco, que traz oito faixas inéditas e produzidas de forma independente, foi produzido pelos integrantes do grupo durante a pandemia de coronavírus, com cada um em suas casas.

- Esse disco surgiu no meio da dificuldade que os artistas sentiram durante a pandemia. Sobreviver de arte é difícil, ainda meio no meio de uma pandemia, quando os artistas foram muito afetados e pouco lembrados - finaliza o músico.

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Pitaco

Rafa, do Rafuagi, fala sobre o trabalho do grupo:

- O grupo apresenta um rap emblemático na reflexão realista do contexto do mundo, com ideias introspectivas dos MC's, que inspiram cada ouvinte a não se acomodar dentro da sua comunidade.

Aqui, o espaço é todo seu

- Para participar da seção, mande um pequeno histórico da sua banda, dupla ou do seu trabalho solo, músicas e vídeos e um telefone de contato para jose.barros@diariogaucho.com.br.

- Para falar com a banda, ligue para 99329-5654.



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