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Glamour Garcia adia cirurgia de redesignação sexual: "Não valida minha vivência"

"Tem que ser feita de uma forma muito coerente e com saúde", afirmou a atriz em entrevista

22/12/2020 - 09h17min

Atualizada em: 22/12/2020 - 09h18min


Glamour Garcia Instagram / Reprodução

A atriz Glamour Garcia, que já havia afirmado publicamente estar decidida a fazer a cirurgia de redesignação sexual, revelou à revista Quem, em entrevista publicada nesta segunda-feira (21), que optou por adiar o procedimento - e explicou seus motivos.

— A cirurgia é muito importante para mim. Mas, hoje em dia, eu como uma mulher mais consciente e empoderada, culta e vivida, tenho consciência de que não é este processo que valida a minha cidadania e vivência. A cirurgia tem que ser feita de uma forma muito coerente e com saúde. Em março de 2021, estreio meu novo trabalho no teatro e ficou uma agenda incongruente. Não tem como eu me dedicar ao pós-operatório tendo uma temporada de espetáculo para estrear. Acabei optando por dar prioridade ao meu trabalho neste momento primeiro —  disse ela.

Em setembro,  em participação no programa Superpop, da RedeTV, a artista havia dito que se programava para fazer a cirurgia entre o final deste ano e o início de 2021. 

— Estou nesse caminho faz um tempo. Agora é uma fase mais dos laudos, diagnósticos etc. Já é uma fase mais final, mesmo, e estou decidida — afirmou, na ocasião. 

Ainda à publicação, Glamour falou sobre o que o ano de pandemia significou em sua vida.

— 2020 foi uma loucura para mim, o vale da sombra, mas de muito aprendizado. No começo do ano, estava naquela agenda de celebridade, do fim da novela, as polêmicas da minha vida pessoal que caíram na mídia e, de repente, chegou a pandemia e não só brutalmente rompeu toda minha agenda, que estava cobrindo meu psicológico, e eu precisei reorganizar minha vida pessoal. Isso me cobrou uma demanda energética gigantesca — avaliou.

No programa Encontro com Fátima Bernardes, a atriz já falou sobre como o preconceito por conta da orientação sexual causa depressão. 

 — A gente vive numa sociedade que fica na superfície de tudo. E esse superficial acaba atrapalhando a gente a se aprofundar nos nossos sentimentos. Pensar em depressão, falando de pessoas trans, por exemplo, é um quadro muito abrangente. Muitas pessoas trans desenvolvem depressão pela perseguição sistemática — opinou a atriz. 


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