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Estrelas da Periferia

Amor pela comunidade e foco em projetos sociais: conheça o sambista Feijão

Músico, do bairro Bom Jesus, já integrou grupos conhecidos da Capital e deu aula para mais de 100 crianças de sua comunidade

19/01/2021 - 15h03min

Atualizada em: 19/01/2021 - 15h47min


José Augusto Barros
José Augusto Barros
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Arquivo Pessoal / Arquivo Pessoal
Hoje, Feijão em está em carreira solo

Apaixonado por música desde os sete anos, Everson Silva da Silva, conhecido artisticamente como Feijão, é uma referência em sua comunidade em relação a projetos sociais e musicais. Morador do bairro Bom Jesus, zona leste da Capital, Feijão começou sua carreira de maneira pra lá de precoce. Aos 11 anos, montou seu primeiro grupo de pagode, a Banda Mirim.

- Pouco depois, aos 14 anos, fiz parte de um projeto patrocinado por uma empresa, chamado Música na Escola. Lá, aprendi a ler partituras e a tocar violoncelo - lembra Feijão, que, hoje, está com 30 anos.

Popular na comunidade, o jovem músico integrou, aos 16 anos, o grupo Pagode Muleke. Porém, além de sonhar em viver de música, Feijão sempre soube que tinha um papel importante junto aos moradores do seu bairro e definiu que estava na hora de passar sua arte adiante. A partir desse momento, foi selecionado para dar aulas de percussão em escolas da região, como a José Mariano Becker e a Nossa Senhora de Fátima. No projeto, Feijão tinha mais de 120 alunos:

- Acredito que esse engajamento com a comunidade fez com que eu me tornasse muito querido aqui. 

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Sem parar

Após passagens por algumas bandas, em 2012, o artista decidiu apostar na carreira solo. Primeiro, com o projeto Everson Feijão e Banda. Depois, voltou a integrar grupos, como o Mamãe Sambô e D’Jeito Novo. 

- Foi um momento muito legal, estivemos nas principais casas do Rio Grande do Sul fazendo shows - conta.

Agora, novamente em carreira solo, ele criou o projeto Pagode do Feijão, que já tem canções próprias, como Não Dá pra Negar, composição de Fabiano Lima, do grupo Pyração, e Chegou o Carnaval de Danilo Augusto, pagodeiro paulista.

- Mesmo durante a pandemia, meus trabalhos, graças a Deus, não pararam. Tive a honra de ser convidado pelos Meninos da Serrinha para interpretar uma canção homenageando a comunidade da Bom Jesus, que será lançada neste ano. Hoje, com muito orgulho sou reconhecido como cantor na Bom Jesus, meu lugar, onde todos respeitam e amam o Feijão -celebra o músico.

Pitaco de quem entende:

Tuty, do Pyração, fala sobre o trabalho do sambista:

- Um grande cantor, afinado, um destaque do pagode em Porto Alegre. Esse viés de integrar projetos sociais e promover sua comunidade é muito importante! 

- Para participar da seção, mande um pequeno histórico da sua banda, dupla ou do seu trabalho solo, músicas, vídeos e um telefone de contato para jose.barros@diariogaucho.com.br.

- Para falar com Feijão, ligue para 98499-8213.

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