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Talentos mais maduros

Entre sonhos antigos e novas possibilidades na carreira, "The Voice+" promete emocionar público

Programa com competidores acima de 60 anos estreia no próximo dia 17, logo após "Temperatura Máxima"

08/01/2021 - 10h01min


Paula Chidiac
João Miguel Jr. / Globo
Os jurados desta temporada serão Ludmilla, Daniel, Claudia Leitte e Mumuzinho

Um novo The Voice chega à TV Globo no dia 17 de janeiro e será exibido aos domingos logo após os sucessos de Temperatura Máxima. Batizado como The Voice+, o reality show será exclusivo para talentos a partir de 60 anos. No comando do programa estão André Marques e Thalita Rebouças. Já na cadeira dos jurados, Claudia Leitte, Daniel, Mumuzinho e Ludmilla, estreante na produção.

Para o diretor artístico, Creso Eduardo Macedo, o programa se apresenta como um espaço de oportunidade para esses artistas. Entre os competidores, pessoas que já tem carreira musical dividem espaço com aquelas que veem no reality show a possibilidade de realizar um sonho há muito esquecido. 

— A gente fica impressionado com o quanto o Brasil tem talento musical. A gente está indo para o 10º ano do The Voice no Brasil e ano após ano parece ser inesgotável a quantidade de gente que é boa. Não é só idade, é quanto tempo as pessoas viveram, então vai ter muita história de vida bonita — adianta ele. — (Sessenta anos ou mais) é uma idade cronológica, não uma idade emocional. E o programa vai mostrar isso — acrescenta.

Daniel já adiantou um pouco dessas vivências que devem ser vistas no programa. Durante entrevista coletiva, ele pontuou um momento que o marcou de forma significativa, quando questionou uma das participantes sobre qual era a coisa que ela mais valorizava na vida dela.

— Ela falou assim: "O que eu dou mais valor é o meu fogãozinho elétrico". Onde ela faz a comidinha dela. Porque quando era muito jovem, ela não tinha nem dinheiro para comer — afirma.

Claudia Leitte já passou por todos os formatos do programa. Apesar disso, a edição focada em pessoas mais maduras tem trazido lições novas, inclusive sobre como encara a vida. Questionada sobre a fase das audições, que seleciona os participantes da competição, ela afirmou que tenta ao máximo tirar o melhor de cada candidato.

— Nossa relação com o tempo é às vezes muito injusta. Às vezes a relação do candidato com o tempo também é injusta. Isso traz uma certa insegurança. Eu já sabia que o candidato que viria ali ia trazer uma bagagem e ela poderia atrapalhar na interpretação. Rolou uma empatia muito natural — conta.

Ao contrário de Claudia, esta é a primeira vez que Ludmilla está no banco de jurados do reality. Rindo, ela admitiu que tem vontade de apertar o botão para todos que passam pelo The Voice+. Além disso, contou que, assim que foi chamada para participar do programa, começou a pensar no que os outros pensariam sobre ela, que tem 25 anos, instruindo pessoas mais velhas. Contudo, logo assumiu o compromisso, percebendo que receberia críticas de qualquer forma.

— Eu estava em um clube, tomando banho de piscina e aí meu empresário me ligou e disse: "Olha, o Creso quer falar com você". Aí eu falei: "Jesus, que que eu fiz?". Porque a pessoa é agitada já pensa nisso, "o que eu fiz" — revela. — Ele me ligou e falou: "Oi, tudo bem, eu queria te convidar para participar do The Voice+". Eu quase tive um piripaque e o Creso falou para eu esperar e não falar para ninguém. Como que guarda um segredo desses?! Foi muito difícil para mim. Eu fiquei muito muito feliz e entusiasmada — afirma. 

A musicalidade também deve ser bastante diversa no reality. Conforme André Marques já adiantou, há pessoas que estão buscando sair da zona de conforto e partir para um gênero que nunca cantaram antes. Mumuzinho, conhecido no mundo do samba, admitiu que viu pouco do estilo no programa, mas que considera isso uma experiência positiva.

— O programa tá muito universal, isso que é bacana. Teve até agora pouco samba, e eu estou amando. Eu estou aprendendo tanto com essas vozes que cada música que eles cantam eu penso: "Cara, essa música é de tal pessoa". E sentir, sair da zona de conforto, abrir a mente não só para o samba, o R&B, mas abrir a voz para a música — diz.

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