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Estrelas da Periferia

Guria de força na música nativista: conheça a Gauchinha da Campanha

Ana Carla Trindade começou a cantar aos nove anos. Hoje, aos 15, já lançou dois discos.

05/01/2021 - 10h36min

Atualizada em: 05/01/2021 - 11h26min


José Augusto Barros
José Augusto Barros
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Arquivo Pessoal / Arquivo Pessoal
Cantora já ganha destaque nas Missões

Guria do campo, Ana Carla Trindade cresceu ouvindo música nativista, influenciada pelo pai, Sérgio Trindade, que trabalhava como capataz em uma fazenda, no interior de Santo Antônio das Missões, na região das Missões. 

- Sempre gostei de escutar músicas gauchescas, desde pequena. Quando fomos morar em Santiago, pedi um acordeão para o meu pai, era um sonho. Ele me deu e ainda me matriculou em uma aula de música - lembra a guria, hoje batizada de Gauchinha da Campanha. 

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A Gauchinha, que começou a cantar aos nove anos (hoje ela tem 15), tem como inspiração duas mulheres históricas da nossa música: Jeanette Ferreira da Costa (1942- 2017), considerada a rainha do acordeão e que teve entre as décadas de 60 e 80 o auge de sua carreira e Mary Terezinha, que fez uma dupla histórica com Teixeirinha. 

- Elas são inspirações para muitas mulheres que fazem música no Rio Grande do Sul. Logo que comecei a pegar jeito, comecei a me apresentar nas rádios de Santiago - conta Gauchinha.

Quem sabe, faz ao vivo

Foi em um desses programas, Gente que Faz, transmitido ao vivo por uma rádio local, que ela fez sua primeira apresentação e começou a chamar atenção na região. Em 2017, com apenas 12 anos, lançou seu primeiro disco, Sonho de Gaiteira, com 12 faixas, e começou a fazer shows na região.

- Consegui fazer shows ao redor da região de Santiago e fui juntando dinheiro, aos poucos. Então, em 2019, já consegui gravar meu segundo disco - relembra. 

O álbum, batizado de Batida do Sincerro, com 13 faixas inéditas, teve a participação de um nome conhecido na região, Tibúrcio da Estância, que, por sinal, foi quem batizou Ana como Gauchinho da Campanha. Já em 2020, com o mundo virado de cabeça pra baixo, por conta da pandemia, ela lançou três músicas, somente. Para esse ano, o desejo do jovem talento do Interior é a chegada da vacina, para que ela possa voltar a fazer shows. 

- Que toda essa pandemia passe logo, para que eu volte a fazer shows, que é o que mais amo. E quero gravar meu terceiro disco - anuncia. 

Pitaco

Diego Garcia, produtor artístico, fala sobre o trabalho de Carla:

- Ao ouvir os primeiros toques dela na gaita, "viajei" para as margens do Rio Uruguai, em São  Borja, o som dela remete muito para aquela região. Ela ganharia, com facilidade, festivais de música nativista!

Mostre seu trabalho aqui!

- Para participar da seção, mande um pequeno histórico da sua banda, dupla ou do seu trabalho solo, músicas e vídeos e um telefone de contato para jose.barros@diariogaucho.com.br.

- Para falar com a cantora, ligue para (55) 997263101 




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