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"Nossa prioridade é motivar os jovens", diz César Oliveira

Presidente do MTG pelos próximos três meses, músico fala sobre a importância da renovação na tradição gaúcha. 

12/04/2021 - 17h41min

Atualizada em: 13/04/2021 - 09h33min


José Augusto Barros
José Augusto Barros
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Jefferson Botega / Agência RBS
Uma das metas é explorar o turismo cultural no Rio Grande do Sul

Desde a semana passada, César Oliveira, um dos nomes mais conhecidos da música gaúcha, e que tem transitado com desenvoltura entre o ativismo cultural e a música, é o novo presidente do Movimento Tradicionalista Gaúcho (MTG). César, que até então era vice-presidente de Administração e Finanças da entidade, assumiu a gestão do MTG no lugar de Gilda Galeazzi, que se licenciou por motivos de saúde. Em meio a uma pandemia de coronavírus que se estende e que não permite que os eventos tradicionalistas aconteçam, César afirma que, hoje, existe uma perspectiva de futuro, diferente de 2020. 

-  No ano passado, a única certeza que eu tinha era que a incerteza estava nos esperando para passear. Hoje, temos uma perspectiva de futuro, com a possibilidade de que a vacinação seja acelerada. Mas, mesmo assim, sabemos que retorno será gradativo. Temos condições de tentar planejar algo mais consistente. Ano passado, não tínhamos certeza de nada - afirma César, que também é adido cultural do governo do Estado e também faz parte do Cultura RS Pós COVID, comitê que define os protocolos de distanciamento no setor cultural.

César pretende, ainda, traçar planos conjuntos com a Frente Parlamentar dos Vereadores pela Tradição Gaúcha e com o secretário de Turismo do Estado, Ronaldo Santini, em medidas mais concretas para aproveitar o potencial das entidades como ferramenta de incentivo ao turismo. Neste ponto, uma das metas do ativista e músico é reabrir as discussões em torno do tombamento da cultura gaúcha como patrimônio imaterial do país, o que já foi tema de recente reunião entre César e integrantes da Secretaria Nacional de Cultura.

Valorização dos jovens

O músico, que faz dupla com Rogério Melo há mais de 20 anos, permanece no cargo por três meses ou até ocorrerem eleições, embargadas por prazo indeterminado por força de uma decisão judicial. Entre suas metas, ele afirma, está a valorização dos jovens ligados às entidades filiadas ao MTG.

- Nossa prioridade é motivar os jovens, tradição passa de pai para filho. Quem vai fazer a escolha do futuro são os jovens, a prioridade é motivá-los, a tradição passa de pai pra filho e quem vai fazer a escolha do futuro são os jovens. Eles que realizarão a sucessão do MTG, temos que estar próximos deles - defende o músico, 51 anos, que coleciona 17 CDs e três DVDs gravados ao longo da carreira. 

Outro ponto importante defendido pelo novo presidente do MTG é uma aproximação do movimento com o setor público e uma maior capacidade de explorar o turismo cultural no Rio Grande do Sul. 

- É uma fundamental uma aproximação com o setor público. É necessário que se reconheça a importância do MTG. E precisamos ter a capacidade de explorar nosso turismo cultural, como outros Estados fazem. A globalização devora culturas de raiz e nós temos uma cultura de raiz. Temos que realmente evoluir para que a gente consiga sobreviver. Evoluir, sem perder nossa essência. Quando mais autênticos formos, mais valor agregado teremos -sustenta. 






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