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Entrevista  à Gaúcha

Na véspera do Dia das Mães, Cristina Ranzolin ganha surpresa da filha e comemora fim de uma etapa do tratamento contra o câncer

Apresentadora do "Jornal do Almoço", da RBS TV, concedeu entrevista ao programa "SuperSábado", da Rádio Gaúcha

09/05/2021 - 13h47min


Cristina Ranzolin / Arquivo Pessoal
Cristina Ranzolin utilizou técnica de crioterapia, que visa evitar a queda de cabelos durante o tratamento

A apresentadora Cristina Ranzolin, que comanda o Jornal do Almoço, da RBS TV, conversou com a Rádio Gaúcha na manhã deste sábado (8) sobre o seu tratamento contra um câncer de mama, a utilização da técnica crioterapia e sua expectativa para o Dia das Mães. Cristina participou, por telefone, do programa SuperSábado.  

Na segunda-feira (3), a apresentadora fez a sua última sessão de quimioterapia, em Porto Alegre.

— Quando chega o final disso tudo é uma alegria, pois terminou e tudo vai se restabelecendo. A gente tem realmente é que comemorar.  Terminar isso tudo foi um
alívio — celebrou Cristina. 

A apresentadora detalhou como foi essa etapa do tratamento:

— Só quem passa por essa situação toda entende o que significa. Eu já tinha visto algumas (pessoas) comemorando o final de sessões de quimioterapia e não entendia muito bem, pois ainda não é uma cura. Tenho todo um processo de tratamento. O tipo de tumor que eu tive é pequeno, mas é um tipo um pouco agressivo. Então, é preciso ter cuidado para que ele não volte. É um tratamento muito sério. 

Segundo ela, o seu estado de saúde foi um aliado contra os efeitos colaterais das sessões de quimioterapia.

— Desde o início, os médicos me disseram "Cristina, tu vais passar brincando. Tu vais ver. Não vai ser complicado, pois tu tens saúde de sobra". E esse é o grande segredo da vida da gente! Como nunca se sabe quando vamos passar por isso, temos que estar sempre com a saúde em dia — afirma. 

Cristina considera que a fase das sessões de quimioterapia não foi sofrida, mas, sim, um pouco angustiante. 

— É uma fase em que cada dia é um dia. Eu não cheguei a sentir enjoo, mas senti cansaço. Sou muito ativa e muito programável. De repente, não era assim. Eu me programava para alguma coisa, mas eu estava cansada e precisava fica descansando em casa. Eu tive que aprender a lidar com limites, aprender a me escutar. Foi uma fase muito diferente. E em alguns momentos eu ficava mais enjoada. Fui me dando um tempo, fui me escutando. Foi uma fase de muito aprendizado — detalha. 

Durante a entrevista, Cristina também falou sobre a técnica da crioterapia, utilizada para evitar a perda de cabelo durante o tratamento. Indicada para alguns pacientes, consiste no resfriamento do couro cabelo por meio de uma touca, com o objetivo de impedir que as drogas usadas na quimioterapia cheguem ao couro cabeludo e provoquem a queda dos fios:

— Eu já estava preparada para a minha queda de cabelo e eu era daquele grupo de pessoas que dizia "cabelo cresce". Estava com essa sensação de que não iria ser um problema. O médico me contou sobre a novidade da crioterapia. Fui para a primeira sessão para experimentar e ver como seria.

Cristina contou que, antes de iniciar o processo, conversou com a apresentadora da TV Globo Ana Furtado, que também utilizou o equipamento durante seu tratamento contra um câncer.

— Ela me disse que a primeira vez ficou com dor de cabeça por uma semana e até pensou em desistir, mas depois se acostumou.  Para mim não foi um sofrimento. Na hora que se coloca a touca ela é realmente gelada, mas depois acostuma. Às vezes eu até perguntava para as enfermeiras "tem certeza que a máquina está ligada?", pois eu realmente esquecia —  descreveu. 

Segundo a apresentadora, a técnica deu tão certo que ela não perdeu "absolutamente nada de cabelo". Nas redes sociais, Cristina compartilhou com os seguidores o processo de utilização do equipamento, o que gerou curiosidade entre muitos que desconheciam a técnica. Por conta disso, ela começou a pensar em meios de viabilizar o acesso à crioterapia para pacientes  do SUS no Estado: 

— O assunto foi muito falado, inicialmente, pensei em fazer uma campanha pelo SUS. A máquina custa R$ 300 mil. 

Cristina decidiu entrar em contato com a Paxman — empresa presente em 64 países, que fabrica o equipamento — e descobriu que já havia uma doação, feita para o Inca, no Rio de Janeiro:

— Falei sobre a nossa Santa Casa (de Misericórdia) e decidi pedir o equipamento. 

Sendo assim, por intermédio da apresentadora, o hospital da Capital receberá nas próximas semanas um equipamento da empresa, que será destinado exclusivamente para o atendimento de pacientes do SUS. 

Na véspera dos Dias das Mães, a apresentadora ainda foi surpreendida durante o programa pela participação de sua filha, Antônia Ranzolin:

— O que dizer da minha mãe, mulher mais forte do mundo. Esse Dia das Mães está sendo muito esperado, pois além de comemorar essa mãezona que tu és, marcou também o fim da primeira etapa de um longo tratamento. Tu vens lutando, aguentando e nos dando muito orgulho. Foram 18 sessões de quimioterapia, eu não tinha dúvidas que tu ia aguentar, muito forte até o fim. 

Emocionada, Cristina encerrou a entrevista ao SuperSábado afirmando que o apoio da família está sendo fundamental durante o tratamento da doença. 

Ouça a entrevista na íntegra:



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