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"Sou um homem quase obcecado pela voz feminina", diz Nando Reis, sobre gravação com Pitty

Nova versão de Um Tiro no Coração tem clipe que será lançado nesta segunda-feira. 

21/06/2021 - 11h07min


José Augusto Barros
José Augusto Barros
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Instagram / Reprodução
Pitty foi a convidada de Nando para nova versão da canção

Gravada originalmente por Cássia Elller (1962 - 2001), no disco Participação Especial, em parceria com Sandra de Sá, a canção Um Tiro no Coração estava "perdida" nos arquivos de Nando Reis. 

A faixa, por coincidência, foi escrita justamente em um dos períodos que ele considera de maior criatividade de sua carreira: o fim dos anos 1990, quando Cássia estourou de forma meteórica, interpretando de maneira ímpar canções de Nando. Neste ano, o compositor decidiu retirar a canção dos arquivos e chamar outra mulher de voz poderosa para cantar Um Tiro no Coração. O clipe da faixa estreia nesta segunda-feira, no YouTube. 

Na nova versão de sua faixa, ele divide os vocais com a baiana Pitty, em uma canção lançada para celebrar o Dia dos Namorados, mas que é completamente atemporal, como o músico explica em entrevista por e-mail.

- A melancolia autodescrita na canção traz um contraste cintilante a estes dias que anseiam por luz e liberdade. O coração que se despedaça e se fecha ao cindir de um amor é o mesmo que se abre para possíveis primaveras que virão. Eu e a Pitty abrimos nossos corações, que oferecem flores à dor sem deixar de considerar seus espinhos - explica Nando.

Originalidade

A canção faz parte do projeto que traz uma série de singles, que serão lançados ainda neste ano, batizado de Nando Hits. Sobre a parceria, Nando e Pitty já haviam se encontrado nos palcos em algumas ocasiões, como em uma apresentação que os juntou ao rapper Marcelo D2. Pitty também cantou na faixa Azul de Presunto, do disco Jardim - Pomar, que Nando lançou em 2016. O artista lembra que sua história musical é marcada pelas vozes femininas. 

- Sempre a admirei. Sou um homem quase obcecado pela voz feminina. Na minha história, existiram mulheres de forma muito marcante, como Cássia, Marisa (Monte), Gal (Costa) e outras tantas que tive o privilégio de que me gravassem. Reconheço em sua constituição aquilo que mais me impressiona, força e originalidade, como marcas pessoais. E existe também algo que é incontestável: canções que foram cantadas pela Cássia possuem uma espécie de desafio, e eu acho admirável as mulheres que topam cantar essas músicas. Convidá-la, então, é juntar tudo que restou de bom no Brasil: arte, música e a força da mulher - afirma.


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