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Dor do luto

Em documentário, Juliette fala sobre a morte da irmã: "Perdi a minha fé, perdi tudo"

Amigos e familiares da paraibana também contaram como foi lidar com o óbito de Julienne, que tinha apenas 17 anos

07/07/2021 - 09h12min

Atualizada em: 07/07/2021 - 09h15min


GZH
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Globo / Divulgação

Juliette Freire, vencedora do BBB 21, falou sobre a morte da irmã Julienne em seu documentário, Você nunca Esteve Sozinha – O Doc de Juliette, que tem dois de seis episódios disponíveis na plataforma de streaming Globoplay

"Queria que você estivesse aqui, vivendo isso comigo. Lembra de quanto já falamos sobre a possibilidade de participar do Big Brother?", escreveu a advogada em carta que homenageia a irmã, morta devido a um AVC aos 17 anos. 

Na produção, Juliette conta como foi o processo de perda de Julienne. Amigos e familiares da paraibana afirmam que ela passou por momentos difíceis até se reerguer após a morte da irmã.

— Até hoje é doloroso falar. A Juliette se enterrou junto com a Julienne. Isso eu falo com propriedade porque eu vi. Tinha hora que a gente tinha de ir lá e falar: "Amiga, tu tá viva", "Vamos ali", "É difícil, mas foi a vontade de Deus" — afirmou uma amiga. 

De acordo com Juliette, os médicos não tinham certeza do que poderia ser, mas sabiam da gravidade e do risco que a irmã da advogada corria, em especial em um hospital precário como o que ela estava internada. 

— Um dia, eu estava estudando e recebi uma ligação de surpresa, dizendo: "Sua irmã está no hospital". Achei que era uma coisa pequena. Cheguei no hospital, um hospital público, lotado, aquele caos, cheio de gente, e minha avó abraçada com ela. Puxei um médico de lado e perguntei: "Por favor, me diga o que minha irmã tem, eu resolvo agora". A médica falou: "Acho que é meningite ou AVC e, se eu fosse você, eu tirava ela daqui" — relata. 

A avó de Juliette também trouxe seu relato e contou que a situação em que Julienne se encontrava era muito complicada. 

— Ela estava em cima de uma maca, não era nem uma cama, tremendo igual vara verde, eu falei: "Não tem um lençol não?". Aí ela trouxe uns cinco rolos de papel higiênico para cobrir ela. Aquilo doeu dentro de mim — desabafou.

A paraibana conta que foi sua mãe a principal motivação para se tornar forte frente à perda. 

— O mundo parou. Eu não sentia mais nada. Perdi a minha fé, perdi tudo. E a minha mãe, coitada, ela ficava desesperada. Todos os dias, ela ia chorar na minha cama, pedindo para eu não fazer isso, porque ela não ia aguentar perder duas filhas e eu não tinha escolha, eu ia matar a minha mãe também e não queria fazer isso com ela, aí engoli no seco e falei: "Vou viver".


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