Investindo forte nas redes sociais, o Tchê Guri, que tem mais de 26 milhões de visualizações dos seus conteúdos no seu canal do YouTube, número muito expressivo para um grupo local, está colocando no ar um projeto pra lá de interessante, o Danças Gaúchas. Em formato de websérie, com 12 episódios, que vão ar toda sexta-feira, a iniciativa foi gravada no CTG Independência Gaúcha, em Esteio. Atualmente, três episódios estão disponíveis. 

Em cada um dos episódios, é mostrada uma dança típica da nossa música, sempre ao som do grupo, claro. A lista inclui Pezinho, Caranguejo, Tatu de Castanholas, Tatu de Volta no Meio, Quero-mana, O Anú, Xote Carreirinho, Balaio, Cana Verde, Maçanico, Chimarrita, Chimarrita-balão e Chico Sapateado.

Segundo Lê Vargas, vocalista do Tchê Guri, o projeto foi criado com a missão de valorizar a cultura do nosso Estado, visando fortalecer e expandir atradição das danças gaúchas. Lê lembra, ainda, que as danças são muito cultuadas nas invernadas dos Centros de Tradições Gaúchas (CTGs), o que levou o grupo a ter um extremo cuidado na gravação da websérie.

– Todas possuem um regulamento com padrões que garantem a originalidade das coreografias. Por isso, o projeto traz este critério de resgatar e cultivar a essência da nossa tradição, criando este conteúdo que ficará eternizado nas plataformas digitais, servindo como referência e estímulo para novos grupos de danças – pontua o artista.

No palco, casais de dançarinos da invernada artística do CTG Independência Gaúcha demonstram cada dança conforme manual técnico e, logo após, o professor e coreógrafo ensina os passos aos espectadores. Todos os vídeos tem áudio descrição e intérprete de libras. 

– Vimos que existia essa lacuna no mercado. As danças gaúchas são muito fomentadas nos CTGs, mas esse material não estava disponível para quem não frequentava locais ligados ao tradicionalismo. Percebemos que a internet se mostrou um grande material de pesquisa e consumo para isso. Então, resolvemos gravar esse projeto – explica o músico.

Desafio

Segundo Lê, além de valorizar e fomentar, cada vez mais, a cultura gaúcha, o projeto trouxe um desafio extra ao grupo:

- Foi muito trabalhoso, nunca fizemos essa parte de danças nos nossos shows. Entramos a fundo neste universo. A gravação foi linda, com bailarinos e coreógrafos muito talentosos. Aprendemos muito com essa gravação, tanto em áudio, quando em vídeo - comenta.