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Às vésperas dos 40 anos, Natallia Rodrigues reflete: "Tudo o que eu fiz foi uma evolução para chegar até aqui"

Atriz está no ar como Estela em "Verdades Secretas" e se prepara para voltar ao teatro

24/11/2021 - 10h10min


Michele Vaz Pradella
Michele Vaz Pradella
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Marcos Duarte / Divulgação
Pronta para voltar aos palcos

Reprisada atualmente na Globo, Verdades Secretas (2015) marcou a história da teledramaturgia e é motivo de orgulho para o elenco que participou da trama, vencedora do Emmy. Com Natallia Rodrigues, não poderia ser diferente. A secretária Estela foi um marco na vida da atriz, que lembra com carinho dos bastidores e das gravações. 

Natallia, que completa 40 anos no dia 9 de dezembro, garante que o balanço de sua vida até aqui é mais do que positivo:

– Não me arrependo de nada, tudo o que fiz foi uma evolução.

Com a ampliação das atividades culturais, a atriz se prepara para voltar ao teatro, dividindo a cena com Juca de Oliveira e Rosi Campos na peça A Flor do meu Bem-Querer, que estreia em São Paulo em dezembro. Em bate-papo por e-mail, Natallia fala sobre os novos projetos e a rotina durante a pandemia.

Como tem sido para você rever Verdades Secretas, agora com o distanciamento do tempo e sem a pressão de estar em meio às gravações?

Estou estudando de manhã e, como as aulas são bem cedo, eu não consigo acompanhar a reprise, infelizmente. Esse trabalho foi muito especial, porque já existia uma parceria com o Walcyr Carrasco (autor) e o Mauro Mendonça Filho (diretor). Eu pude estar em cena com colegas muito queridos, além de participar de uma grande obra.

Fabiano Battaglin / GShow
No ar como Estela em "Verdades Secretas"

O que você lembra com mais carinho dos bastidores da novela?

Eu lembro muito das trocas com os meus colegas, aquelas trocas artísticas mesmo. Eram momentos enriquecedores para mim.

Chegando aos 40 anos, rola aquele balanço do que fez ou deixou de fazer? Tem algum sonho pendente que pretende realizar em breve?

Sim, eu sempre coloco o que eu faço na balança, porque as minhas escolhas são muito bem pensadas. Não me arrependo de nada, tudo o que fiz foi uma evolução para eu chegar até aqui. 

Como foi o período de isolamento social, principalmente com o caos político que se instalou e as constantes notícias ruins por toda parte? Teve alguma técnica para não sucumbir à tristeza ou ansiedade neste período?

Tristeza e ansiedade acabam vindo não só para mim, mas para todos. Nós ainda estamos num momento político muito delicado no país e, a cada dia, surge uma nova "bomba", não tem como não sentir ansiedade sobre o que virá. O isolamento foi um momento difícil, e eu me permiti chorar e ser frágil, isso é uma evolução como ser humano. Agora, começamos a entender como voltar a viver, mas a pandemia não cessou e nem vai acabar tão cedo. Precisamos ter cautela. Mas também é preciso acreditar que o melhor há de vir, eu tenho muita fé e creio que a humanidade sairá melhor, mais consciente e com mais empatia pelo outro. Quem não se transformou durante esse processo, não entendeu nada. É um momento muito delicado para a humanidade, mas a gente vai superar e passar por cima disso.

Qual foi a sensação de retomar os trabalhos presenciais? Rola um frio na barriga como se fosse uma reestreia?

A sensação de voltar ainda é de insegurança e medo, porque a pandemia não acabou. Também pelo fato de os atores não poderem usar máscara, ficamos muito vulneráveis. Temos um protocolo rígido, em que todos são testados todo o tempo. Existe um distanciamento, mas não dá para mantê-lo completamente em cena. A atuação depende do outro, você precisa confiar no seu colega e pedir a Deus para que dê tudo certo e a gente saia logo dessa loucura que vivemos no momento.

Marcos Duarte / Divulgação
Musa em constante evolução



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