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Falando de Sexo

Prazer e dor andam lado a lado?

Se a preferência sexual não estiver causando prejuízo para sua vida ou para a do par, o ato pode ser bom

09/02/2022 - 15h34min


Andrea Alves
Lucia Pesca
Reprodução / Reprodução

Sou leitor assíduo da coluna e, agora, resolvi pedir ajuda. Não sei como agir em relação a alguns desejos da minha esposa na cama: ela gosta de apanhar na hora do sexo. Dou uns tapinhas de leve, mas parece que não isso não é suficiente. Hoje em dia, a gente não sabe mais o que é agressão e o que é tesão.

No cérebro humano, a dor e o prazer estão juntos e habitam a mesma área: ou seja, se a pessoa está sentindo prazer, não consegue sentir dor. Então, esses tapinhas, para algumas pessoas, não significam violência, mas prazer. 

Lembra do filme Cinquenta Tons de Cinza e do sadomasoquismo? Então, foi uma abertura para algumas mulheres pedirem um pouco mais de "pegada" e firmeza de seus companheiros na hora do sexo. A última versão do Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais deixa claro que nem toda prática sexual diferente representa um problema ou uma doença que deva ser tratada. 

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Consentimento

Se a preferência sexual não estiver causando prejuízo para sua vida ou para a do par, o ato pode ser bom. Em outras palavras, deve haver consentimento entre o casal. É claro que essa vontade de apanhar tem a ver com submissão. Muitas pessoas gostam de se sentir dominadas na hora do sexo. Agora, a regra para essa preferência sexual é que tudo precisa ser combinado previamente. 

Nem toda mulher gosta, e, aliás, muitas não curtem mesmo. Muita gente acaba reprimindo alguns desejos por medo do julgamento do par. Para os que querem experimentar jogos de dominação ou um sexo mais intenso, é importante ir aos poucos nessas tentativas. 


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