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Marcella Muniz celebra oportunidade de voltar à TV: "Idade não tem a ver com estar parado no tempo"

Atriz está no elenco de "Além da Ilusão", como a modista Cândida

06/05/2022 - 13h03min


Michele Vaz Pradella
Michele Vaz Pradella
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Vinicius Mochizuki / Divulgação
Aos 55 anos, retorno à Globo tem gosto de recomeço

Voltar à Globo após mais de uma década tem um gosto de recomeço para Marcella Muniz, 55 anos, mas gerou um certo estranhamento. Natural, já que a última participação da atriz na emissora foi no remake de O Astro (2011). De lá para cá, o mundo mudou, e a forma de fazer novelas também sofreu grandes transformações. Mas o frio na barriga e a sensação de estar em casa são os mesmos da estreia, nos anos 1980. 

No ar como a modista Cândida em Além da Ilusão, Marcella conta como foi a retomada ao trabalho, revela sua faceta de empresária e opina sobre maturidade.

Qual é o sentimento de voltar à Globo após tantos anos?

Muito bacana! Estou muito feliz de voltar a trabalhar lá justamente numa novela tão deliciosa de se ver e de fazer. Fui muito bem recebida por amigos, equipe... Sou das antigas, então conheço muita gente. Comecei na Globo com 15 anos. Tenho um carinho por tudo que vivi. E quero viver mais.

TV Globo / Reprodução
Atriz (D) está no ar como Cândida em "Além da Ilusão"

O que você viu de mais diferente na forma de gravar novelas, desde seu último trabalho na emissora, há mais de 10 anos?

É admirável ver tanta tecnologia no set. Mas gravar novela é a mesma coisa, há anos. O bacana mesmo é voltar e reencontrar pessoas queridas na frente e atrás das câmeras, com quem convivi anos atrás. 

Como está sendo a retomada do trabalho após dois anos de pandemia? Quais são seus maiores medos e maiores alegrias nesse processo?

Voltar ao trabalho e aos estúdios, mesmo com todos os cuidados que a pandemia nos exige é gratificante. O medo era grande, mas a satisfação era maior de estar de novo fazendo o que amo, revendo as pessoas e sabendo que todos iriam voltar a ser remunerados. E, claro, me sinto sortuda e privilegiada de ter trabalhado no meio desse caos. Só tenho a agradecer.

Como é seu processo de conciliar o trabalho de atriz com essa empreitada como empresária (é proprietária da C’est Pottage, focada em sopas e cardápios saudáveis)?

Eu queria ser 20 Marcellas em uma (risos). Queria viajar trabalhando em gastronomia pelo mundo e fazendo teatro junto… Na verdade, queria ter algo maior ligado à gastronomia, mas preciso de um bom administrador, porque não gosto dessa parte nem tenho tempo. Meu negócio é a cozinha, as panelas, os temperos. Então, tento fazer as duas coisas com equilíbrio. 

Há um debate forte atualmente sobre etarismo e a falta de oportunidades de trabalho para quem tem mais de 50 anos, principalmente mulheres. Como você se posiciona a respeito?

Eu estou amando ver uma galera da minha idade, e até mais velha, bombando. Aplaudi de pé várias cenas de Denise Fraga, Marieta Severo e Andrea Beltrão em Um Lugar ao Sol. Lindas e incrivelmente talentosas! Felizmente, estamos num momento em que a maturidade tem sido, sim, mais valorizada. Tem espaço para todo mundo, temos personagens para todas as idades... Como contar uma história sem essa diversidade? Idade nada tem a ver com estar parado no tempo. Eu mesma estou fazendo um curso com três diretores maravilhosos de teatro e outro de roteiro. Sigo me alimentando, me nutrindo, estudando. Porque a carreira pede aprimoramento e a vida por si só também.


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