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Após três anos

Carol Nakamura explica que filho adotivo decidiu voltar para mãe biológica: "Tenho que respeitar a vontade dele"

"Agora a única coisa que me resta é aceitar", desabafou a bailarina por meio de Stories no Instagram ao expor a situação

01/06/2022 - 09h17min

Atualizada em: 01/06/2022 - 09h23min


@carol_nakamura Instagram / Reprodução
Carol Nakamura e Guilherme Leonel tinham a guarda provisória de Wallace, de 11 anos

A bailarina e atriz Carol Nakamura explicou, em uma sequência de vídeos compartilhada nos Stories do Instagram nesta segunda-feira (30), que o filho Wallace, que adotou com o marido, Guilherme Leonel, em 2019, decidiu voltar a morar com a mãe biológica. De acordo com seu relato, o casal ainda não tinha a guarda definitiva da criança de 11 anos e, por isso, não pôde impedir a mudança. 

— Zezinho (apelido) pediu para voltar a ficar com a mãe dele depois de três anos aqui. Foi triste? Foi. É sofrido? É. Sinto falta? Muito. Mas eu tenho que respeitar a vontade dele. Zezinho vai fazer 12 anos, ficou três anos (aqui), morou, sempre foi muito amado e ele tem consciência disso, mas quis ir para a casa da mãe dele. Porque, gente, olha só: primeiro que ele tem uma mãe biológica. Depois, uma criança que nasce e cresce sem regra... É muito difícil, mesmo que você mostre todos os benefícios da educação, da alfabetização, dê uma família, dê oportunidade, dê uma casa, tudo o que ele não tinha antes, é complicado, tá, gente? Complicado e muito decepcionante  — desabafou ela.

Carol também comentou sobre o período em que ficou longe das redes sociais: 

— Vocês não tem ideia do quanto a gente sofreu. Eu fiquei afastada aqui das redes sociais muito tempo porque eu não estava acreditando realmente que isso fosse acontecer em momento nenhum. Primeiro pelo amor que ele tem pela gente, segundo por toda a vida que a gente sempre deu para ele. Eu não tenho babá, sempre cuidei do Wallace, lavei roupa, ensinei dever de casa, o Guilherme levava na escola. Somos pais mesmo. Mas minha guarda provisória acabou, então tive que respeitar a vontade dele. É isso — acrescentou.

Em seguida, Carol contou ainda que já se questionou o que fez de errado, mas que agora tenta aceitar a situação. 

— E o Wallace estava safado, não tenho outra palavra para dizer, porque ele já tinha entendido que eu não tinha a guarda dele. Então, por exemplo, se a gente brigasse ou colocasse de castigo por algo que ele fez de errado, ou chamasse atenção, ele queria ir para a casa da mãe. Aí chegava da casa da mãe e, se a mãe fizesse o mesmo, ele queria voltar para cá. E nisso ele ia faltando aula. Ele teve realmente que tomar uma decisão. Ele tomou a decisão do nada. A gente sempre sentou, conversou demais, mas infelizmente foi isso. Já chorei, já me descabelei, já fiquei sem entender, mas não adianta. Agora, a única coisa que me resta, que tem para fazer, é aceitar. Então, gente, não vamos mais falar sobre isso, por favor — pediu. 

Guilherme Leonel também se manifestou sobre o assunto em seu perfil.

"Recebo diariamente mensagens e comentários sobre: cadê Wallace? Gostaria de pedir respeito, pois a dor do outro nunca sabemos. Evito falar sobre, pois só eu sei o quanto isso me frustou e tirou meu chão", escreveu ele nos Stories.

"A partir do momento que o documento dele consta a mãe biológica, quem manda ou não é a mesma. Não o tiramos dessa realidade para um dia vê-lo retornar. Pelo contrário, tiramos para um dia ele retornar e retirar mais pessoas. Poder mostrar que é capaz, sair e vencer! Tirar o medo das pessoas que ali vivem, e muitos nem sabem que existe uma vida além dali".

"Não perguntem incessantemente como se eu tivesse quisto isso. Jamais o adorei com o pensamento de devolvê-lo. É um investimento altíssimo de afeto, amor, carinho e também financeiro. Psicóloga, colégio, jiu-jitsu, dança, material, roupas, alimentação... Então, vê-lo pedindo para voltar simplesmente acabou conosco.  Sempre falei que posso ter cinco filhos, mas nenhum me amaria como o Wallace, e eu amaria como amo o Wallace. O sentimento é que um pedaço de mim foi embora, fica um vazio. Mas precisamos respeitar! Nem sempre o melhor para nós é o melhor para o outro. Qualquer pai que perde um filho, tenha certeza, ele jamais estará genuinamente feliz. A dor sempre está presente", concluiu.


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