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Doença degenerativa

Jornalista Renata Capucci revela diagnóstico de Parkinson: "Me sinto feliz, apesar de tudo"

Profissional sentiu os primeiros sintomas em 2018, quando tinha 45 anos e participava do "Popstar"

27/06/2022 - 10h12min

Atualizada em: 27/06/2022 - 10h13min


GZH
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João Cotta / TV Globo / TV Globo
Renata Capucci descobriu que tem a doença de Parkinson em 2018, durante participação no "Popstar"

A jornalista da Globo Renata Capucci revelou, no podcast Isso é Fantástico lançado no domingo (26), que foi diagnosticada com a doença de Parkinson há quatro anos. O tema do programa eram as doenças neurodegenerativas.

— Chegou a minha hora, chegou a minha vez de me libertar. Porque viver com esse segredo é ruim. Você se sente vivendo uma vida fake, porque parte de você é de um jeito e você fica escondendo a outra parte de outras pessoas, no meu caso a maioria das pessoas, porque eu sou uma pessoa pública. Eu fui diagnosticada com doença de Parkinson em outubro de 2018, quando eu tinha 45 anos. Hoje, eu tenho 49.

Renata disse que começou a sentir os primeiros sintomas durante a participação no programa Popstar, no qual foi uma das finalistas em 2018. Na época, ela passou a mancar e as pessoas a questionavam sobre o porquê, mas ela negava, pois não percebia.

— Aí fui fazer fisioterapia, osteopatia e a coisa não mudou. E aí, em um dado momento, no meio do Popstar, depois do sexto programa, eu estava em casa e o meu braço subiu sozinho, enrijecido. E o meu marido, que é médico, logo depois do programa, me levou para um hospital que tinha emergência neurológica e eu fui diagnosticada com Parkinson. Aquilo caiu como uma bigorna em cima da minha cabeça.

A doença de Parkinson é caracterizada pela morte precoce ou degeneração das células da região responsável pela produção de dopamina, um neurotransmissor. A ausência ou diminuição da dopamina afeta o sistema motor, causando tremores, lentidão de movimentos, rigidez muscular, desequilíbrio, além de alterações na fala e na escrita. Do total de pessoas com a doença no mundo, entre 10% e 15% dos pacientes são acometidos antes dos 50 anos, como é o caso de Renata.

Ao compartilhar sua condição, a jornalista disse que gostaria de encorajar outras pessoas que passam pela mesma situação.

— Só que eu estou aqui para dizer isso para vocês, para quem está ouvindo o podcast, porque eu estou viva. Quatro anos depois, eu estou bem, eu sou feliz. Eu não quero virar mártir. Eu não quero que tenham pena de mim. Ao contrário, eu tenho orgulho da minha trajetória. Eu tenho orgulho da maneira como eu encaro essa doença, porque eu encaro ela de frente hoje. Já passei por todas as fases, da depressão, da negação. Hoje, eu estou na fase cinco, que eu olho essa doença de frente e eu falo assim: "Senhor Parkinson, eu tenho você, você não me tem". 

A jornalista também garantiu que segue uma vida sem restrições.

— Eu faço tudo o que eu posso de exercício, de remédio e eu tenho uma vida positiva. Eu me sinto feliz, apesar de tudo. Eu não sou café com leite por ter doença de Parkinson, eu faço todas as matérias. Não me sinto diminuída. 

Após o lançamento do podcast, Renata fez uma publicação no Instagram. "Pensei muito sobre este momento. Sabia que ele iria chegar e que vinha na hora certa, quando eu me sentisse exatamente como eu me sinto hoje: forte, confiante e feliz. Não é fácil. Mas não é o fim", escreveu.



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