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Dor do luto

Fernanda Paes Leme relata ter vivido aborto espontâneo: "Uma perda invisível e muito solitária"

Atriz contou que não havia planejado engravidar, mas que experiência a transformou: "Vi ali que queria ser mãe"

05/10/2022 - 09h28min

Atualizada em: 05/10/2022 - 09h29min


Estadão Conteúdo
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Ingrid Rodrigues
Reprodução / Reprodução YouTube/Podcast Mil e Uma Tretas
Fernanda Paes Leme falou sobre vivências durante episódio do podcast "Mil e Uma Tretas", de Thaila Ayala e Júlia Faria

Fernanda Paes Leme, 39 anos, compartilhou ter vivido um aborto espontâneo no final de 2021. O relato foi feito durante sua participação no podcast Mil e Uma Tretas, no YouTube, na segunda-feira (3). 

Na presença das apresentadoras da a Thaila Ayala e Júlia Faria, e da convidada Mônica Martelli, a atriz destacou que além de ser difícil passar pela situação, é ainda mais delicado falar sobre. Mesmo assim, ela descreveu o aborto espontâneo como "uma perda invisível". 

— É um luto que você vive de algo que você nem viu a cara, que às vezes você não tem nenhuma peça, nada, nem uma foto pra você lamentar, que é o que acontece quando a gente perde alguém —, refletiu.

Segundo Fernanda, o fato foi inesperado, pois não estava tentando engravidar e nem desejava naquele momento, ao final de 2021. Contudo, aconteceu após tirar o DIU de cobre, por alguns problemas causados pelo contraceptivo, como cólicas. No mês seguinte, além do atraso menstrual, passou a sentir alguns sintomas de gravidez, quando realizou o teste e deu positivo.

— Fiquei em choque e muito feliz. Contei para o Victor (Sampaio, seu noivo) que ficou mais feliz ainda. No dia seguinte voltei para São Paulo. Cinco dias depois tive um sangramento e descobri que tinha perdido — disse.

Cerca de uma semana após a descoberta, a atriz teve um sangramento e, ao realizar exames, constatou que havia perdido o bebê. 

— E aí vem todo um outro lado. A primeira pessoa a descobrir é você. Quem tem que contar aos outros é você, as poucas pessoas que sabiam. Aí você tem que administrar a sua dor, a dor do outro e as pessoas chegam pra você e falam: "é normal". Normal não pode ser. Pode ser comum perder na primeira gravidez, acho que até 20% das primeiras gravidezes não evoluem, mas não vem me falar que é normal —, relatou.

Fernanda não conseguiu segurar as lágrimas ao relembrar que as pessoas queriam amenizar a situação, "quando, na verdade, você só precisa de apoio, de abraço". 

— Eu fiquei muito mal, porque eu vi ali que eu queria ser mãe, porque antes eu não achava que eu queria. (...) Foi uma perda muito solitária pra mim —, lamentou.


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