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Seu Jorge diz que foi vítima de "muito ódio e grosseria racista" durante show em Porto Alegre e pede união do povo negro 

Cantor se manifestou na noite desta segunda-feira pelas suas redes sociais; caso é investigado pela Polícia Civil

18/10/2022 - 08h59min

Atualizada em: 18/10/2022 - 11h26min


GZH
Instagram / Reprodução
Vídeo gravado por Seu Jorge tem a bandeira do Rio Grande do Sul ao fundo e reconhecimento a grandes talentos do Estado

O cantor Seu Jorge se manifestou na noite desta segunda-feira (17) pelas redes sociais a respeito dos atos racistas cometidos contra o músico, que é negro, por parte da plateia presente no clube Grêmio Náutico União (GNU) na noite da última sexta-feira (14).  O caso é investigado pela Polícia Civil, por meio da Delegacia de Combate à Intolerância de Porto Alegre.

No vídeo, Seu Jorge aparece sentado em frente a uma bandeira do Rio Grande do Sul. Ele inicia sua fala cumprimentando o povo gaúcho e reconhecendo grandes nomes da música e literatura como Elis Regina e Luis Fernando Verissimo.

Ele relata sua experiência no clube na última sexta-feira e comenta que não percebeu a presença de negros na plateia, à exceção dos que trabalham no local. Ao longo de nove minutos de vídeo, ele conta que escutou vaias e xingamentos, além de ofensas racistas vindos da plateia.

— O que eu quero dizer aqui é que eu não reconheci a cidade que eu aprendi a respeitar e amar. Fiz inúmeros shows com bandas amigas. Na verdade, o que eu presenciei foi muito ódio gratuito e muita ofensa racista — relata.

Ele também agradeceu aos comentários carinhosos recebidos ao longo do dia de pessoas que foram solidárias com ele. Ele também pede que o povo negro do RS se una para lutar contra o racismo.

— Estaremos na luta juntos denunciando e combatendo todo o tipo de tipificação da nossa gente e respondendo com excelência, preparo, coragem, sabedoria e diplomacia. Nunca, jamais nos curvaremos ao racismo e à intolerância, seja ela qual for. Não cederemos um milímetro ao ódio.  E cobraremos das autoridades que a Justiça prevaleça e os criminosos sejam devidamente punidos. A lei é para ser cumprida — ressalta.



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