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Estrelas da Periferia

Eclético e sonhador: depois de trilhar pelo pagode e rock, CF Funk encontra seu estilo na mistura de ritmos

Funkeiro de Alvorada também se arrisca no reggaeton e rap

08/11/2022 - 08h27min

Atualizada em: 08/11/2022 - 08h31min


Michele Vaz Pradella
Michele Vaz Pradella
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Dener Mahlke / Divulgação
Artista almeja mostrar sua música no maior festival do sul do Brasil: o Planeta Atlântida

"Quanto mais tempo perdido, menos vamos ganhar". Os versos da música Recomecei contam um pouco da história de perseverança de Carlos Fernando Viegas Moreira, 32 anos, que hoje atende por CF Funk. Apesar de trazer o ritmo colado ao seu nome artístico, nem só de funk é feito o trabalho deste morador de Alvorada: 

– Misturo não só o funk como o rap e o reggaeton, porque são estilos que eu também gosto, sou muito eclético. Eu acabo misturando esses três estilos, mas me considero funkeiro. Fui reconhecido nele, minha música tocou na rádio, fechei bastante shows. 

Esse mix de estilos começou cedo na trajetória do menino Carlos que, aos nove anos, resolveu aprender a tocar cavaquinho. De tanto ouvir o vizinho, que tinha uma banda de pagode, o guri colocou na cabeça que também era esse o seu caminho. Formou três grupos desse ritmo até que perdeu o interesse. Começou, então, a aprender violão, mas também não seguiu no instrumento. O terceiro passo foi arriscar na carreira de baixista, em mais uma virada radical: do pagode, resolveu investir no rock e chegou a tocar em uma banda, a Art School R3. Chegaram a participar de alguns eventos e até ganharam um festival, cujo prêmio era um curso de formação no instrumento escolhido. Como também se arriscava como vocalista, CF ganhou cursos de canto e baixo. A banda ainda durou por mais cinco ou seis anos, mas aí, a vida deu uma nova guinada.

– Eu comecei a ver que os integrantes da banda começaram a ter outras prioridades, outras responsabilidades dentro da vida de cada um. E era aquilo ali que eu queria, eu estava muito certo de que era nisso que eu queria trabalhar. Comecei a seguir com meu projeto paralelo, que é o CF Funk, como uma forma de fazer o meu som sem depender de ninguém – conta.

Nesse meio tempo, a banda chegou ao fim, mas CF já seguia firme em seu trabalho solo, gravando funk, R&B, e reggaeton. Essa mistura de ritmos encontra espaço também na playlist do coração dele, que cita ídolos bem diversos:

– Com certeza, seriam Charlie Brown Jr, J Balvin, MC Daleste. E Armandinho como maior referência no Sul para mim.

Desafios

Como a maioria dos artistas, CF também viu sua carreira paralisar com a chegada da pandemia. Era momento de se reinventar, conta ele:

– Foquei mais nos streamings e videoclipes, com toda a produção de maneira independente. A pandemia veio para fazer a gente pensar fora da caixa.

Apesar de morar em Alvorada, CF faz poucos shows na Região Metropolitana e Capital. Segundo ele, 95% das apresentações ocorrem pelo interior do Estado. A retomada dos eventos que ficaram parados durante a pandemia coincidiram com a participação de CF Funk em um clipe do canal Kondzilla, que possui um público numeroso e fiel. Esse era um dos sonhos que ele conseguiu realizar nos últimos anos, mas projeta voos ainda mais altos:

– O que eu sonho para o meu futuro na música é agregar parcerias, até chegar no ponto de gravar com um dos meus ídolos, que é o J Balvin.

Acha que fica por aí? Se depender de CF, o céu não é o limite:

– Eu acho que o sonho de todo artista, de todo cantor gaúcho, é cantar no palco principal do Planeta Atlântida. Esse sonho vive dentro de mim há muitos e muitos anos, e eu vou trabalhar para conquistar.

Pitaco de Quem Entende

Hans Ancina, DJ e comunicador da rádio 92 (92.1 FM), comenta sobre o trabalho do cantor:

– O CF tem uma habilidade única, que é trazer o funk que todo mundo ama com referências diferentes do habitual, desde o reggaeton até o hip hop clássico. Traz representatividade com muita referência.

Aqui, o Espaço É Todo Seu

/// Para participar da seção, mande um pequeno histórico da sua banda, dupla ou do seu trabalho solo, músicas, vídeos e um telefone de contato para michele.pradella@diariogaucho.com.br.

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