Olá



Cinquentão em forma

Muitos sonhos na cabeça: Humberto Gessinger fala sobre carreira e vida em Porto Alegre

16/02/2013 - 11h55min

Atualizada em: 16/02/2013 - 11h55min


José Augusto Barros
Enviar E-mail
cantor e compositor Humberto Gessinger é fotografado em seu apartamento, no bairro Bela Vista, em Porto Alegre

Depois de liderar o Engenheiros do Hawaii - um dos grupos  de maior sucesso do rock brasileiro, nascido na efervescência musical dos anos 1980 - e de ter criado o Pouca Vogal - dupla com Duca Leindecker, na qual os dois tocavam todos os instrumentos no palco, sem banda de apoio -, Humberto Gessinger chega a 2013, ano em que completa cinco décadas, com a energia de um guri.
Ele vai alçar um voo ousado: o primeiro disco solo. Porém, no 20º CD da sua carreira, o artista chega bem acompanhado, conectado com nomes de todos os gêneros da música gaúcha nesta aventura que mistura pop, rock e som regionalista. Abre a gaita, alemão!

Diversidade e conexão são palavras de ordem

Para seu primeiro trabalho solo, Humberto Gessinger convidou um time de respeito, conectando os mais diversos gêneros, com artistas de diferentes épocas. O disco, que deve ficar pronto entre abril e junho, terá as participações de Frank Solari, Luiz Carlos Borges, Bebeto Alves, Nico Nicolaiewsky, Rodrigo Tavares e alguns
ex-integrantes do Engenheiros:
- Eu vinha compondo algumas músicas, mas não sabia se seria para o Pouca Vogal. Comecei a ver o repertório e a pensar como ficaria com Borges ou Frank Solari. Queria trabalhar com gente diferente, junto com a vontade de ficar mais solto.


- A nova paixão do artista


Humberto gostou tanto desta ideia que lembra, empolgado, das gravações que fez com gaita e guitarra, dois instrumentos nos quais os parceiros Borges e Solari são, respectivamente, gênios.
- Me empolguei e mandava gravações para eles. O Borges sabe tudo de gaita, e o Solari, de guitarra - comenta Humberto, acrescentando que anda apaixonado pela gaita.

Turnê começa daqui a pouco

Mesmo após quase 30 anos do início do Engenheiros do Hawaii (em 1985), ao lado de Carlos Stein, Marcelo Pitz e Carlos Maltz, Humberto mantém uma energia juvenil e os mesmos cabelos compridos. Mas, assim como arranca firme e forte para um projeto solo, que inclui pegar a estrada para fazer shows e passar dias distante da família, ele também mostra-se mais
reflexivo:
- Fico pensando: "são 50 anos, é diferente". Inclusive, tinha uma vontade muito grande de gravar um DVD deste disco no meu aniversário, mas é no dia 24 de dezembro, acho que não teria muito público
(risos).


- Em casa, tem apoio total

A turnê para divulgar este trabalho começará no segundo semestre.
Casado há 27 anos com Adriane e pai de Clara, 20 anos, Humberto conta que a dupla dá o maior apoio ao seu trabalho:
- Todo mundo entende. Muitas vezes, minha rotina é melhor do que uma normal. Eu viajo de quinta a domingo e fico o resto da semana em casa. Eu curto isto!

Como ficam o Pouca Vogal e o Engenheiros?

Sempre questionado por fãs sobre a volta do Engenheiros do Hawaii, Humberto não acaba com os sonhos de quem deseja este retorno:
- Voltaria, sim, para fazer algo novo, inédito, um Engenheiros diferente. Gostaria de retornar para
algo comemorativo, relembrando tantos anos de estrada.
Quanto ao Pouca Vogal, cuja experiência durou quatro anos ao lado de Duca, existe uma certeza um pouco maior de que haverá outros shows.
- Creio que nos encontraremos para fazer algo ainda - assegura.

As faixas do álbum

- A Ponte Para o Dia, com Bebeto Alves
- Bora
- Essas Vidas da Gente
- Lá e Cá
- Milonga do
Xeque-Mate,
com Frank Solari
- Plano B
- Recarga, com Luiz Carlos Borges
- Segura a Onda, Dorian Gray, com Nico Nicolaiewsky
- Sua Graça
- Tchau, Radar
- Tudo Está Parado


MAIS SOBRE

Últimas Notícias