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Canto Alegretense: Hino gaúcho completa 30 anos em setembro

A música de Bagre e Nico Fagundes ultrapassou fronteiras e foi interpretado por grandes nomes da música daqui e de todo lugar

10/08/2013 - 14h05min

Atualizada em: 10/08/2013 - 14h05min


José Augusto Barros
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Os Fagundes, Ernesto (E, acima), Bagre, Neto, Paulinho e Nico, no palco do Araujo Viana, no Parque Farroupilha

Um hino da nossa terra, que ressalta o orgulho de quem nasceu no Rio Grande do Sul, completa 30 anos em setembro. O Canto Alegretense, de Bagre e Nico Fagundes, ultrapassou fronteiras e foi interpretado por grandes nomes da música daqui e de todo lugar! Também é um dos responsáveis pelo estouro do Guri de Uruguaiana, que faz versões hilárias da canção.

Para celebrar a data, um grande show está marcado para o dia 13 de setembro, no Araújo Vianna, com Os Fagundes e participações especiais. Para contar tudo sobre a festa e explicar a origem do hino - e as palavras difíceis da letra -, além de dar detalhes deste sucesso do cancioneiro, o Diário passou uma manhã com a família Fagundes!

Assim, tudo começou...

Em 1983, Antônio Augusto Fagundes, hoje com 78 anos, era advogado em um escritório de Porto Alegre, ao lado de Edson Dutra, do grupo Os Serranos, e de Geraldo. Da sua sala, ouviu o segundo colega:

- Nico, tenho uma audiência em Alegrete. Onde fica?

- Não me perguntes onde fica o Alegrete, segue o rumo do teu próprio coração - respondeu Nico, natural da cidade na Fronteira Oeste do Estado.

Facilidade para escrever é um dom de Nico

Em poucos minutos, o poema foi concluído por Nico. Seu irmão Bagre musicou a letra, usando a sua gaitinha de quatro baixos, que conheceu na adolescência e que o acompanharia por toda a vida.

- Uma das principais marcas do Nico é a espontaneidade - comenta Ernesto, 45 anos.

A primeira vez que a música foi executada por Os Fagundes, tendo Neto, 49 anos, como intérprete, ocorreu na Tertúlia de Santa Maria, entre agosto e setembro de 1983.

Até os gringos renderam-se

Em 30 anos, o Canto Alegretense foi interpretado por grandes nomes da música nacional e internacional, como Alcione e a banda britânica Deep Purple.

- Mas acredito que a grande explosão do Canto foi quando Os Serranos a gravaram, lá por 1987 - relembra Bagre, 73 anos.

Outro marco, diz Ernesto, foi quando Os Fagundes, que ainda era um quarteto (sem Paulinho), interpretou o sucesso no programa Galpão Crioulo, da RBS TV.

- O pai, com uma gaitinha, mudou a música do Rio Grande do Sul! - orgulha-se Ernesto, filho de Bagre assim como Paulinho e Neto.

- O Canto é uma coisa abençoada! - completa Paulinho Fagundes, 38 anos.

Garoto-propaganda

Um dos principais nomes do humor gaúcho, Jair Kobe teve a sua trajetória modificada pelo Canto Alegretense.

- Tenho um carinho muito grande por esta música. Quando pensei em trabalhar com ela, foi, principalmente, pela sua grandiosidade - explica Jair.

Em 2001, quando fez a primeira e hilária versão do Canto, com Garota de Ipanema, de Tom Jobim, viu o seu personagem ficar famoso:

- A partir dali, o Guri de Uruguaiana foi crescendo, e o Canto ganhou outras versões. Até hoje, foram mais de 40, pois a facilidade dos versos se adapta a qualquer ritmo.

Vamos celebrar!

A grande noite em homenagem aos 30 anos do Canto Alegretense será uma celebração da música nativista. A festa está marcada para o dia 13 de setembro, no Araújo Vianna. Além de Nico, Bagre, Ernesto, Neto e Paulinho, o evento contará com convidados como o Guri de Uruguaiana e o grupo Andanças. Nesta noite especial, Os Fagundes também cantará sucessos de Gildo de Freitas e de Teixeirinha.

- Será uma grande noite de vanerão e chamamé. É toda a história da música gaúcha reunida - anuncia Ernesto.

- Ingressos já estão à venda: R$ 25 (plateia alta lateral), R$ 35 (plateia alta central), R$ 50 (plateia baixa lateral) e R$ 60 (plateia baixa central), na bilheteria do Teatro do Bourbon Country (Túlio de Rose, 80), pelo site ingressorapido.com.br e pelos fones 8401-0555 e 4003-1212


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