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Barrabravas

"Não fiz nada de ilegal", diz líder da Guarda Popular envolvido com torcedores argentinos

Gilberto Viegas admitiu estar organizando com a presença de 100 a 150 argentinos durante o Mundial, mas que estes não seriam barrabravas

30/05/2014 - 14h56min

Atualizada em: 30/05/2014 - 14h56min


Pedro Moreira / Agencia RBS
Gilberto Viegas posa ao lado de torcedores estrangeiros em foto de arquivo

A 1ª Delegacia de Polícia Civil de Sapucaia do Sul ouviu nesta sexta-feira o depoimento de Gilberto Viegas, líder da Guarda Popular do Inter, pelo envolvimento dele com a presença de torcedores barrabravas - facções consideradas violentas - argentinos em Porto Alegre durante a Copa do Mundo.

Gilberto não quis conversar com a imprensa depois de comparecer à delegacia, mas afirmou que "não fez nada de ilegal".

Em entrevista ao jornal argentino Olé, no mês passado, ele disse que obteve 200 ingressos para torcedores argentinos para o jogo entre Argentina e Nigéria, que ocorre em Porto Alegre no dia 25 de junho.

Em entrevista à imprensa, o delegado Daniel Ordahi, da 1ª DP, disse que Gilberto, mais conhecido como Giba, confirmou que pensava em trazer de 300 a 500 argentinos para o Rio Grande do Sul durante a Copa. Mas, em razão da repercussão do caso na imprensa, ele diminuiu para 100 a 150. Ele também teria desistido de alugar um ginásio e negociar com clubes a estadia dos argentinos.

Segundo Giba disse ao delegado, todos os argentinos seriam torcedores comuns, não ligados às barrabravas, e ficarão em casas de torcedores do Inter, da mesma forma como os colorados seriam recebidos no exterior. Eles também teriam se comprometido a respeitar as leis do País.

O delegado Ordahi também afirmou que estão sendo feitas trativas com a Polícia Federal para monitorar a presença de torcedores, mas não disse como isso será feito. "A gente conta o milagre, mas não conta o santo", afirmou o delegado.

Ordahi disse que nem o próprio Giba teria uma lista com o nome das cerca de 150 pessoas que virão ao Brasil, mas que estes fariam parte do movimento Hinchadas Unidas Argentinas, que ajuda torcedores gaúchos quando eles se hospedam no país vizinho.

O delegado ainda afirmou que, caso um torcedor argentino tenha problemas com a Justiça, ele será barrado na fronteira com o Brasil.

Quanto a Gilberto, o delegado confirmou que o torcedor colorado está impedido de comparecer a jogos do Inter até o mês de dezembro, mas está "em dia com a Justiça".


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