Grêmio



Luto tricolor

Morre o ex-goleiro Alberto, sete vezes campeão gaúcho com o Grêmio

Ex-atleta tinha 74 anos e teve falência múltipla dos órgãos após 50 dias internado

16/11/2012 - 20h47min

Atualizada em: 16/11/2012 - 20h47min


Alberto (D) foi titular nos títulos gaúchos do Grêmio em 1963, 65, 66, 67 e 68

Goleiro do Grêmio no heptacampeonato gaúcho conquistado na década de 1960, Alberto Silveira morreu, aos 74 anos. Vítima de um acidente vascular cerebral (AVC) há cerca de 50 dias, ele estava internado desde então no Hospital de Clínicas de Porto Alegre, onde sofreu de falência múltipla dos órgãos. O corpo do ex-atleta está sendo velado na capela 4 do Cemitério da Santa Casa, onde será enterrado neste sábado, às 11h30min.

Titular nas conquistas do Gauchão do Grêmio em 1963, 65, 66, 67 e 68, Alberto formou uma defesa que tinha ainda Altemir, Airton Pavilhão, Áureo e Ortunho. Também jogou ao lado lendas gremistas como Everaldo e Alcindo e chegou a ser convocado para a Seleção Brasileira, atuando na companhia de Pelé e outros astros. Em 1968, foi considerado o melhor goleiro do Torneio Roberto Gomes Pedrosa, o embrião do Campeonato Brasileiro.

Seu nome era cotado como possível convocado para a Copa do Mundo de 1970, mas um impasse na renovação de contrato com o Grêmio, em 1969, acabou emperrando a carreira do goleiro. Grêmio e Alberto não chegaram a um acordo e o então atleta foi colocado na "geladeira" _ ficou mais de um ano sem jogar.

- Ele ficou chateado com a direção da época, mas sempre foi um gremista fanático - conta o filho Christian, revelando que havia a possibilidade do pai ser homenageado na Arena.

Ainda pelo tricolor, o ex-goleiro participou do famoso clássico Gre-Nal de 1969 em que apenas ele e Dorinho, do Inter, não foram expulsos. Depois do imbróglio com o Grêmio, Alberto transferiu-se para o América-RJ, onde jogou até 1972. Segundo Christian, uma entrada violenta do ex-jogador Fio Maravilha abreviou a carreira do goleiro, que atuou ainda no Aimoré de São Leopoldo e no futebol paraguaio. Sempre foi considerado um goleiro seguro e pegador de pênaltis, além de ter sorte em momentos que precisava.

Morador do bairro Ipanema, Zona Sul da Capital, Alberto participava de um projeto da prefeitura, no qual dava aulas a crianças carentes. Ele deixa, além de Christian, a filha Taiane e a mulher Maria Celeste.


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