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Bressan revela como foi a bronca em Pato: "Disse que falava muito"

Zagueiro afirma que sua atitude foi uma resposta às declarações do rival

24/10/2013 - 18h05min

Atualizada em: 24/10/2013 - 18h05min


"O Alexandre Pato falou algumas coisas, que na minha avaliação, não poderia ter dito", comenta Bressan

Uma cena depois da defesa de Dida, na tentativa frustrada de cavadinha de Alexandre Pato, chamou a atenção no início da festa pela classificação na Copa do Brasil. De dedo em riste, Bressan cobrou o atacante, antes de se juntar aos companheiros que se amontoavam sobre o goleiro.

Curtindo a folga desta quinta-feira em Caxias do Sul, onde aproveitou para matar a saudade da namorada, Luciana Stangherlin, 22 anos, formada em Comércio Exterior, o zagueiro conta que a atitude foi uma resposta às declarações polêmicas de Pato, que havia prometido marcar gols contra o Grêmio.

- Saí correndo e só disse a ele que falava muito e que precisava respeitar o Grêmio. Não tenho nada contra o Pato. Acabei extravasando toda a tensão - revelou o zagueiro, sem conter o riso.

Bressan garante que a intensidade da resposta para Alexandre Pato foi infuenciada pela carga emocional da decisão. Mesmo assim, o zagueiro afirma que a questão acabou dentro de campo.

- Foi por impulso. A carga emocional foi muito forte. O Alexandre Pato falou algumas coisas, que na minha avaliação, não poderia ter dito. Ele disse que iria fazer gols no Grêmio, o que desrespeita a instituição Grêmio, que é muito maior que eu, ele ou qualquer jogador - afirmou.

Confira a entrevista:

A sua reação após o jogo surpreendeu, cobrando dos adversários. De onde vem essa vibração?
Bressan -
Estávamos jogando em casa. A identidade do Grêmio é de ser assim, um clube que luta. Se precisar ganhar no grito, é assim que vamos ganhar. Estou tentando me adaptar ao estilo daqui. Não posso deixar que um time venha dentro da nossa casa e faça o que quiser.

Após queda de rendimento no Brasileirão, você recuperou o bom desempenho nos últimos jogos. Como foi essa mudança?
Bressan
 - Quando passei por um período em que não estava bem, reconhecia meus erros. Me cobrava muito para melhorar. O mais importante é que o grupo e o Renato me apoiaram e mantiveram a confiança, mesmo quando a torcida chiou um pouco.

Nesta fase de baixa no rendimento, você chegou a mudar algo da rotina?
Bressan
 - Comecei a acompanhar um pouco mais os vídeos dos jogos. Passei a prestar mais atenção ao rever os lances. Chegava em casa de madrugada e não ia dormir. Assistia novamente ao jogo para detectar onde havia errado.

Você almeja um lugar de liderança no grupo?
Bressan
- Nosso grupo tem grande líderes, mas mesmo sendo jovem, temos as mesmas responsabilidades que os jogadores mais experientes. Desde pequeno me acostumei a ter esse papel, para que um dia eu possa ser um jogador cascudo.

Qual o segredo da rápida adaptação dos jovens que vieram do Juventude para o Grêmio?
Bressan
 - Tivemos a família por perto, com os pais nos acompanhando durante a infância. Jogador de futebol sai de casa muito cedo, com 13 anos já precisa viver sozinho. Mesmo em Porto Alegre, eles seguem muito próximos e isso nos fortalece.

Como que o Dida reagiu no vestiário depois do jogo?
Bressan
 - O Dida é sempre muito na dele, admiro muito a tranquilidade que ele passa nos momentos decisivos. Até brincaram na roda depois do jogo que o Dida iria falar, mas ele disse que não. Ele serve de espelho para toda a gurizada.


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