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No frio da Argentina

Rui Costa admite queda de rendimento do Grêmio e afirma: "A paixão da torcida está frustrada"

Jogadores evitaram sair de seus quartos na manhã desta terça-feira, em Buenos Aires, e apenas o dirigente conversou com a imprensa

22/04/2014 - 16h01min

Atualizada em: 22/04/2014 - 16h01min


Luís Henrique Benfica
Luís Henrique Benfica
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"A função que exerço tem ônus e bônus. Agora, estou usufruindo o ônus", diz Rui Costa

Por mais duro que seja o compromisso desta quarta-feira, em Buenos Aires, ter saído de Porto Alegre talvez tenha sido o melhor para o Grêmio nesta hora de tensão.

Mesmo conectados às redes sociais, os jogadores se distanciam um pouco do clima pesado que se instalou entre os torcedores. Passam o tempo todo resguardados em seus quartos, sem contato com quem circula pelo hotel.

Vale também para os dirigentes. Na manhã fria desta terça-feira, protegido por um abrigo do clube, o executivo de futebol Rui Costa caminhou pelas ruas próximas ao hotel, ao lado do assessor de imprensa João Paulo Fontoura e do treinador de goleiros Rogério Godoy.

Na volta, falou a Zero Hora sobre como tem sido os seus últimos dias, desde a chegada da crise. Um dos fatos comentados por ele foi o ocorrido em um restaurate da Capital, onde foi xingado por um torcedor na frente de familiares.

- Isso faz parte da função que exerço no clube. Todos os executivos passam por isso. Dias atrás, Edu Gaspar (executivo do Corinthians) me contou como foi o episódio da invasão do treinamento - disse.

Sentado na recepção, com jornais argentinos espalhados na mesa, Rui Costa diz compreender o sentimento da torcida.

- Nosso cargo no clube nos coloca em exposição frente a frente com a paixão do torcedor. Toda vez que essa paixão é frustrada, temos que, de alguma forma, sentir os efeitos. Assim como sofrem o presidente e os jogadores - comenta.

Para ele, dois fatores podem ter determinado a queda de rendimento. O primeiro, a simultaneidade da Libertadores com o Gauchão, "que pode ter desvirtuado o foco da competição prioritária". O segundo, o fato de recém ser abril e o Grêmio estar ainda em formação, o que justifica algumas oscilações.

Voltando às cobranças da torcida, ele diz confiar em dias melhores a partir de quarta-feira:

- A função que exerço tem ônus e bônus. Agora, estou usufruindo o ônus. Tomara que logo volte a usufruir o bônus.


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