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Contra o racismo

Santos propõe união dos dois clubes em um ato de repúdio contra o racismo para o jogo de volta em SP

Presidente do clube paulista defende a identificação dos agressores e punição individual

29/08/2014 - 15h31min

Atualizada em: 29/08/2014 - 15h31min


Fernando Gomes / Agencia RBS

A união dos jogadores do Santos e Grêmio em um ato de repúdio contra o racismo para a partida de volta da Copa do Brasil, no dia 3 de setembro, na Vila Belmiro, é a proposta da direção do clube paulista, conforme divulgado no site oficial.

Para o presidente do Santos, Odílio Rodrigues Filho, nem o clube nem a torcida do Grêmio devem ser penalizados. Ele defende a identificação dos agressores e punição individual.

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- A punição da instituição não atinge quem deve ser atingido. O Grêmio é um clube grandioso; com certeza a diretoria do Grêmio não compactua com isso nem a grande maioria da torcida do Grêmio. Acho que a gente tem que começar a punir os que praticam a violência. A punição é pessoal e intransferível. A pessoa tem que sofrer o rigor da lei. Não vamos resolver enquanto a gente não atingir o agressor, enquanto ele não for proibido de entrar no estádio, não tiver que ir à delegacia prestar depoimento.

- Temos certeza que a diretoria do Grêmio Portoalegrense está tão indignada com atitudes como essa como a diretoria do Santos está. E temos certeza que fará tudo para apurar quem são os responsáveis e ajudar de todas as formas possíveis nas identificações para que as punições aconteçam - complementou o vice-presidente do Santos FC, Luiz Claudio de Aquino Barroso Pereira.

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No começo da tarde desta sexta-feira, o goleiro Aranha registrou uma ocorrência contra os torcedores que cometeram atos de racismo no jogo entre Grêmio e Santos na Arena nesta quinta-feira. O jogador compareceu à 4ª Delegacia de Polícia por volta das 13h30min, acompanhado de um segurança do Santos.

Em seu depoimento, Aranha disse que, perto dos 30 minutos do segundo tempo, ele começou a ouvir ofensas de alguns torcedores que estavam atrás do gol, e tentou chamar a atenção do árbitro, sem sucesso.

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Com a representação do goleiro, o Ministério Público poderá abrir o processo por injúria racial, quando alguém se utiliza do argumento da raça para ofender a honra de outra pessoa. Sem o registro da ocorrência, a única possibilidade seria a abertura do processo por racismo, que dispensa a representação. Para os dois crimes, a pena varia entre um e três anos de reclusão.

Veja o vídeo com o registro do ocorrido na Arena:


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