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Injúrias raciais na Arena

Gremista de ato racista trabalhará para ONG de favelas e encontrará Tinga

Patrícia Moreira da Silva fará parte da Central Única de Favelas (Cufa), entidade que luta contra o racismo

18/09/2014 - 12h58min

Atualizada em: 18/09/2014 - 12h58min


Veja as imagens que mostram Patrícia na Arena, no dia 28 de agosto:

Mauricio Tonetto / Agência RBS
A menina atuará no setor administrativo da organização e participará de um painel com o ex-jogador da dupla Gre-Nal Tinga em Minas Gerais

Afastada do Centro Médico-Odontológico da Brigada Militar após ser flagrada chamando o goleiro do Santos Aranha de macaco em uma partida válida pela Copa do Brasil na Arena no final de agosto, a gremista Patrícia Moreira da Silva receberá uma nova chance de trabalho na ONG Cufa, a Central Única de Favelas, que tem como embaixador o rapper MV Bill.

A menina atuará no setor administrativo da organização e participará de um painel com o ex-jogador da dupla Gre-Nal Tinga em Minas Gerais, ainda sem data prevista. Na segunda-feira, Patrícia integra a equipe da Cufa. A ONG tem escritórios espalhados em diversas cidades do país. Em entrevista concedida a Zero Hora na última terça-feira, ela afirmou que pretende se tornar um símbolo nacional contra o racismo e contou que já ficou com negros.

Leia aqui a entrevista completa com Patrícia

A gremista deixou a casa onde morava - apedrejada e incendiada - e se refugiou com familiares. Com receio de continuar vivendo no mesmo bairro, na zona norte da Capital, ela contou que precisa tomar remédios para dormir:

- Me sinto uma prisioneira.

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Na entrevista, Patrícia negou ser racista, criticou a intolerância que vem sofrendo - principalmente nas redes sociais -, afirmou que desistiu de procurar o goleiro do Santos e relatou que é normal ouvir, na Arena, outros torcedores gritarem "macaco". Ela deve ser indiciada por injúria racial. 


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